O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, assina nesta segunda-feira (14), em Praia, capital de Cabo Verde, um documento de intenções com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop) e uma declaração com o ministro da Educação Superior, Ciência e Inovação da nação anfitriã, Antônio Correia e Silva, para renovar e fortalecer o compromisso das pastas governamentais em apoiar parcerias benéficas para as nações envolvidas.
Campolina comparece à solenidade de encerramento da edição inaugural do Programa de Pós-Graduação Ciência para o Desenvolvimento (PGCD), ligado ao Palop, que inclui Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, além do asiático Timor Leste. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães, também integra a delegação brasileira. O titular do MCTI tem uma audiência marcada com o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves.
A declaração bilateral sugere a elaboração de um documento complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica e Científica entre Brasil e Cabo Verde, em vigor desde 1977, bem como um plano de ação para implementá-lo. De agora em diante, os ministérios devem estabelecer reuniões técnicas a fim de discutir o texto e definir as áreas de interesse a serem alavancadas pela parceria.
Os dois países ainda se comprometem a facilitar a mobilidade de estudantes e pesquisadores, em busca de intensificar o intercâmbio de conhecimento; a fomentar atividades colaborativas entre agências federais de apoio financeiro à pesquisa, de forma a incentivar pesquisas de excelência e explorar possibilidades de aproximações institucionais; e a estreitar ações junto à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e ao Instituto Internacional da Língua Portuguesa (Iilp), sediado em Cabo Verde.
Intercâmbio
Ex-presidente da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (Aulp), enquanto reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campolina participou da criação, com financiamento da Capes, do Programa Internacional de Apoio à Pesquisa e ao Ensino (Piape), que busca aumentar a mobilidade acadêmica entre o Brasil e os países africanos de língua portuguesa.
“O Piape tem como lema a internacionalização solidária, sem submissão e sem dominação”, diz o ministro. “Após um primeiro esforço na área educacional, a expectativa é criar condições para montar programas de pesquisa conjuntos.”
Texto: Rodrigo PdGuerra - Ascom do MCTI