O bioma em comum e a experiência de 60 anos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) contribuíram para estabelecer um espaço de diálogo e as diretrizes para a criação futura de um instituto de pesquisas amazônicas na Venezuela. O assunto foi debatido no 3º Seminário Nacional da Comissão Nacional Permanente do Tratado de Cooperação Amazônica, Ciência e Tecnologia, que ocorreu na Amazônia Venezuelana, em Puerto Ayacucho, na calha do Rio Orinoco, divisa entre Venezuela e Colômbia.
Representante do Inpa no evento, o coordenador de Extensão, Carlos Bueno, proferiu uma palestra magna sobre as experiências de gestão na produção de conhecimento, popularização e formação de pessoal qualificado para a Amazônia. O seminário aconteceu do dia 1º a quinta-feira (3).
Segundo Bueno, as informações apresentadas e as discussões que aconteceram nos debates e grupos de trabalho, além de publicações, catálogos e livros mostrados, fortaleceram as propostas de possíveis parcerias em diversas áreas de interesse.
“Certamente os cursos de pós-graduação do Inpa e as tecnologias sociais disponíveis poderão ser um caminho importante em curto prazo de apoio à criação do Instituto de Pesquisas Amazônicas da Venezuela”, destaca. “Isso é de grande importância para o Inpa nas perspectivas de compartilhamento de pesquisas e treinamento de pessoal.”
O coordenador explica que a biodiversidade venezuelana tem muitas semelhanças com a da Amazônia brasileira e muitas soluções de problemas podem ser natureza semelhante, como em relação a doenças (malária, dengue, leishmaniose, oncocercose) e potencial econômico de frutos que eles desconhecem (frutas como cupuaçu, abacaxi, açaí, camu-camu, cubiu e mapati, por exemplo).
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Texto: Ascom do Inpa