As condições geográficas brasileiras constituem uma vantagem competitiva do Brasil para a realização de lançamentos. É na costa nordestina que estão os dois centros de lançamentos do país: o da Barreira do Inferno (CLBI), em Natal (RN), e o de Alcântara (CLA), no Maranhão. O primeiro a ser inaugurado foi o CLBI, em 1965, detentor de infra-estrutura para o lançamento de foguetes de pequeno porte. Este centro foi palco para quase 3 mil lançamentos e sediou importantes missões científicas e tecnológicas em cooperação internacional. Apesar do número de operações ter se reduzido ao longo dos anos, o CLBI segue dedicando-se ao apoio à Alcântara e ao rastreio dos foguetes Ariane lançados da Guiana Francesa.
Em 1983 surgiu o CLA, centro capaz de proporcionar a maior economia de combustível em lançamentos para satélites que circundarão a Terra no plano da linha do Equador (órbita geoestacionária equatorial), considerada "comercial por excelência" pelos especialistas.
Para transformar Alcântara em um centro espacial competitivo, encontra-se em curso o projeto do Centro Espacial de Alcântara (CEA), que prevê áreas para lançamento de foguetes (sítios) operados conjuntamente por empresas ou entidades brasileiras e estrangeiras. Haverá ainda áreas habitacionais, de comércio e lazer, campi universitários e instituições que tenham interesse de pesquisa na região. O primeiro desses sítios será destinado a lançamentos comerciais do foguete Ciclone-4, empreendimento conjunto do Brasil com a Ucrânia.