Mais de 30 mil registros de espécies, a maioria amazônicas, dos acervos das coleções biológicas do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) foram integrados ao Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr), uma ação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Trata-se de informações sobre subgrupos de aracnídeos e coleópteros que agora estão ligados aos sistemas brasileiro e internacional de informações sobre biodiversidade e podem ser acessados online.
“O SIBBr é um ponto de acesso comum para todas as instituições brasileiras”, explica o chefe do Serviço de Tecnologia da Informação, Marcos Paulo Sousa. Com a integração dos dados, é possível ter uma visão geral da biodiversidade no país. Além disso, pelo sistema, o MPEG se conecta ao Global Biodiversity Information Facility (GBIF). “É uma rede global interoperável de dados de biodiversidade. O que isso quer dizer? Que as instituições de todo o mundo podem se conectar e encaminhar e consultar dados de biodiversidade para que possam compartilhar entre elas”, comenta Sousa.
O Museu Goeldi é uma das instituições com maior número de dados no SIBBr. Até o momento são dez coleções de invertebrados, com 31.977 registros: Amblypygi, Aranae, Opiliones, Scorpiones, Ricinulei, Schizomida, Uropygi, Solifugae, Acari e Coleoptera. A previsão é que sejam integrados acervos de zoologia, botânica e paleontologia, somando cerca de 800 mil registros.
Informatização das coleções biológicas – Há aproximadamente 4,5 milhões de itens tombados nas coleções científicas do Museu Goeldi, o que o torna uma das três maiores instituições detentoras de coleções científicas do país. Os acervos biológicos nas áreas de Paleontologia, Botânica e Zoologia são subdivididos em 43 subcoleções.
Desde 2009, com o apoio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) Amazônia Oriental, o MPEG informatiza esse acervo, gerenciando-o com o sistema Specify – um software dedicado à catalogação e gestão de coleções zoológicas e botânicas, desenvolvido pelo Biodiversity Research Center da Universidade do Kansas. O Herbário, as coleções de invertebrados e quase todas as de vertebrados, com exceção da mastozoologia, estão informatizadas e parte dos acervos está disponível online.
Leia mais e acesse os dados do Museu Goeldi no SIBBr.
Texto: Luena Barros – Agência Museu Goeldi