Entidades ambientalistas e instituições de pesquisa envolvidas com a conservação da onça-pintada têm procurado criar uma estratégia conjunta para essa frente no bioma amazônico. O pesquisador Emiliano Ramalho, do Instituto Mamirauá, participou do Workshop Internacional para Planejar a Conservação da Onça-Pintada na Amazônia, em Quito (Equador).
O evento, promovido pelas organizações não governamentais Wildlife Conservation Society (WCS), World Wide Fund for Nature (WWF) e Panthera, contou com a presença de especialistas de Equador, Estados Unidos, Colômbia, Peru, Bolívia, Brasil, Venezuela e Guiana. Foi realizado na semana passada.
“O evento foi extremamente importante para aproximar as principais instituições internacionais que desenvolvem pesquisa e ações de conservação com a onça-pintada. Foi também fundamental para ressaltar a importância da Amazônia brasileira para a sobrevivência da espécie”, expôs Ramalho, pesquisador responsável pelo Projeto Iauaretê, desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, que estuda a ecologia da onça nas florestas inundáveis da várzea amazônica.
Segundo Ramalho, a Amazônia é considerada a área mais importante do mundo para a sobrevivência desse grande felino porque tem uma grande extensão de hábitats naturais protegidos, contém a maior população de onças-pintadas do mundo e conecta outros importantes biomas para a conservação da espécie. “Apesar de ainda estar relativamente bem preservada, vemos que as queimadas, o desmatamento, e as grandes obras de infraestrutura podem mudar este cenário em muito pouco tempo. Ações para a conservação desse incrível felino, símbolo do nosso país, precisam ser tomadas agora e este encontro foi um passo importante nessa direção”, afirmou o pesquisador.
A onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior do planeta. No Brasil, o animal é classificado como vulnerável à extinção em virtude do declínio contínuo de suas populações no último século e do estado crítico da espécie na maioria dos biomas. As principais ameaças são a perda de hábitat, a caça por retaliação e a redução das populações de presas.
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Texto: Ascom do MCTI, com informações do Instituto Mamirauá