Em fevereiro, março e abril, 338 quilômetros quadrados (km²) de áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia foram identificados pelo Deter, o sistema de detecção em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) baseado em satélites e destinado a orientar a fiscalização em campo.
Em fevereiro foram verificados 119 km², enquanto em março e abril houve o registro de 53 km² e 166 km², respectivamente.
Os resultados do Deter devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por satélites. Em função da cobertura variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema.
Entre novembro e abril, época de chuvas na Amazônia, a observação por satélites se torna mais difícil devido à intensidade de nuvens que cobrem a região. Nessa época, o Inpe divulga os resultados do Deter agrupados por período, embora o sistema mantenha durante todo o tempo sua operação regular e o envio diário dos dados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Ministério do Meio Ambiente, responsáveis pela fiscalização e pelo controle do desmatamento.
Dois sistemas
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do Inpe, o Deter é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
Para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o Inpe utiliza o Prodes, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
Veja a distribuição das áreas nos estados em cada mês e saiba mais sobre o monitoramento.
Texto: Ascom do Inpe