Os empresários poderão conhecer por meio de uma cartilha os temas sustentabilidade, gestão ambiental, desenvolvimento sustentável e ciclo de vida dos produtos para pequenas e médias empresas. Nesta segunda-feira (26), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançam a publicação intitulada Desenvolvimento Sustentável e Avaliação do Ciclo de Vida.
A cartilha foi desenvolvida para contribuir na formação de uma cultura voltada ao uso racional dos produtos naturais e, com isso, reduzir os impactos ambientais negativos das atividades produtivas. O lançamento será durante a reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente (Coema), às 14h, no Unique Palace, em Brasília.
Para a diretora do Ibict, Cecília Leite Oliveira, as novas exigências dos mercados interno e externo faz com que as empresas adotem processos produtivos mais limpos e menos impactantes em nível social e ambiental. “Essa publicação é uma obra abrangente, didática, escrita em linguagem clara, que, entre conceituações e definições, busca sugerir aos pequenos e médios empresários as melhores práticas e as ferramentas de apoio mais indicadas para produções mais sustentáveis”, destaca Cecília.
O gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley de Souza Carneiro, explica que as empresas hoje buscam o desenvolvimento sustentável e, por isso, é fundamental conhecer e apropriar-se das metodologias disponíveis para quantificar o uso dos recursos naturais e a eficiência dos processos industriais. “A proposta da cartilha é mostrar a importância do pensamento em ciclo de vida como essencial na busca por uma economia mais sustentável”, explica.
Ele observa que as grandes empresas já trabalham com Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) como ferramenta de gestão. Em outubro do ano passado, Braskem, Danone, Embraer, GE, Grupo Boticário, Natura, Odebrecht, Oxiteno e Tetra Pak, em parceria com o Instituto Akatu, criaram a Rede Empresarial de ACV para disseminar o pensamento de ecologia industrial. Coube ao Ibict construir um banco de dados nacional e uma ontologia, mecanismos fundamentais à busca de informações que levem em conta as particularidades do país.
“O grande desafio que se apresenta é tornar a ACV acessível às demais empresas, em especial as pequenas e médias. Para tanto, a formação de técnicos e a divulgação da ferramenta entre os tomadores de decisão é imprescindível”, defende Carneiro. “Somente por meio do desenvolvimento de pesquisas, serviços e produtos de informação tecnológica voltados à indústria, como os que vêm sendo executados pelo Ibict, seremos capazes de garantir o aumento da competitividade do setor industrial.”
Texto: Ascom do MCTI, com informações do Ibict