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Mudanças climáticas reforçam ações de prevenção dos Brics
08/05/2014 - 12:09
Tsunamis e tempestades na Índia, seca e incêndios florestais na África, deslizamentos de terra e enchentes no Brasil, desertificação e problemas relacionados à disponibilidade de água na Rússia, alta incidência de mortes por raios na China.  Questões ambientais como essas, relacionadas ou não às mudanças climáticas, têm mobilizado cientistas e gestores públicos nestes países em busca de soluções e estratégias para evitar ou minimizar os impactos das ocorrências.

Algumas das ações foram apresentadas nesta quarta-feira (7), em Brasília, em workshop colaborativo dos Brics (bloco formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre mudanças climáticas, prevenção e mitigação de desastres naturais.  

Os debates do evento, que termina hoje (8), subsidiarão a 6ª Conferência de Cúpula do bloco, a ser realizada em julho, em Fortaleza, com a participação de chefes de Estado das cinco nações.  

Na sessão sobre estratégias de monitoramento de risco ambiental, o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), Osmar Pinto Júnior, informou que, com exceção da Rússia, a incidência de raios nos demais países do bloco dos é alta. Eles figuram no topo da lista dos países com maior incidência de mortes por raios, com 1,2 mil a 2, 4 mil ocorrências por ano (China e Índia: entre 500 e mil; África do Sul: entre 100 e 250; Brasil: entre 100 e 150).  

Segundo o especialista, há projeções de alta na incidência futura de raios em todo o mundo, o que aumenta a preocupação em relação a possíveis fatalidades principalmente em algumas regiões dos Brics, onde é comum o problema da falta de informação quanto aos cuidados para evitar acidentes. “Temos que trabalhar para prevenir e informar a população, e um esforço conjunto nesse sentido seria muito produtivo”, avalia Osmar.

Ele informou que todos os países dos Brics mantêm sistemas de detecção de raios, mas somente a África do Sul detém cobertura total.  Na opinião dele, é fundamental ampliar essa capacidade de avaliação regionalizada, uma área em que o Brasil tem aumentado esforços. “Hoje o país é um dos líderes mundiais nas pesquisas sobre raios, seja em total de publicações ou por critérios qualitativos”, afirma.

Sistemas

O pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Carlos Frederico de Angelis, explicou como funciona o órgão, que congrega dados de diversas instituições do país, captados por meio de radares, sensores e pluviômetros informações de satélites, entre outros. Essas informações são analisadas por uma equipe de especialistas e, a partir disso, são elaborados os alertas enviados ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres Nacionais (Cenad), responsável por acionar a Defesa Civil dos estados e municípios brasileiros.

“Alguns alertas emitidos pelo Cemaden resultaram em evacuações de áreas atingidas por enchentes e deslizamentos, como em Cabrália, na Bahia, e em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Isso indica que estamos no caminho certo”.

 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

 

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