Um dos maiores desafios da economia pesqueira da região do Médio Solimões é manter a qualidade dos produtos. O Instituto Mamirauá, com apoio da Universidade Federal do Pará, ofereceu um treinamento para os pescadores que atuam em iniciativas de manejo do pirarucu para aprimorar as práticas.
As técnicas foram repassadas pelos profissionais do Programa de Manejo de Pesca do instituto, que é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Apesar de chegar fresco ao Mercado Municipal de Tefé, o pescado pode perder qualidade durante a manipulação. As condições de higienização das mãos, descuidos na evisceração e a falta de resfriamento dos peixes estão entre os principais problemas identificados durante o curso.
“A finalidade das boas práticas de manipulação de alimentos é melhorar a qualidade do produto”, explicou a professora Emília de Lima Nunes, doutora em higiene veterinária e processamento de produtos animais e uma das ministrantes do curso promovido de 28 a 30 de abril.
Pescador há mais de 30 anos, Ivo dos Santos buscou no curso conhecimentos para diferenciar-se no mercado. “Boas práticas de manipulação são importantes para fortalecer a cadeia produtiva. Fica mais fácil vender se a empresa sabe que o peixe é de qualidade”, explica o pescador.
A coordenação do Programa de Pesca do Instituto Mamirauá estuda formas de adaptar o curso para outras realidades e estender o treinamento para os outros componentes da cadeia produtiva do pescado, como transportadores e frigoríficos.
Texto: Ascom do MCTI, com informações do Instituto Mamirauá