Prevenir interferências em equipamentos de aviões é uma das possíveis aplicações do Projeto Erisa – Efeitos das Radiações Ionizantes em Sistemas Aeronáuticos. A iniciativa tem participação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e é coordenada pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv) do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
“É um projeto cujo resultado tem potencial de criar novos sistemas de alertas para usuários de clima espacial, em espacial do setor aeronáutico”, comenta o gerente do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), do Inpe, Clezio De Nardin.
O Erisa avaliará os efeitos das radiações ionizantes de origem cósmica sobre os sistemas eletrônicos embarcados em aeronaves. O objetivo é ampliar conhecimentos sobre campos de radiação em altitudes típicas de aviação e seus efeitos, para fornecer suporte de dados à implementação de requisitos de segurança e de avaliação da suscetibilidade de sistemas eletrônicos embarcados.
Essa radiação é composta por diversos tipos de partículas e ondas de alta energia oriundas do espaço e que atingem a Terra. Equipamentos eletrônicos a bordo de aviões são suscetíveis a um grupo de fenômenos conhecidos por single event effects (SEE), produzidos principalmente por nêutrons. Tais efeitos acontecem nos computadores de bordo e subsistemas que armazenam dados nas aeronaves, podendo comprometer a segurança de voo.
Durante o projeto, serão adquiridos dados experimentais de fluxo e distribuição de partículas em altitudes de voo. Os pesquisadores pretendem calcular as doses de radiação ionizante em diferentes rotas no espaço aéreo brasileiro e comparar com resultados obtidos por meio de simulações computacionais, entre outras atividades de pesquisa.
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Texto: Ascom do Inpe