O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, e o conselheiro Federal de Assuntos Econômicos, Educação e Pesquisa da Suíça, Johann Schneider-Ammann reuniram-se em Brasília, nesta quinta-feira (3), para discutir a colaboração entre as duas nações na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

Campolina e Scheneider-Ammann assinaram uma Declaração Conjunta, que renova o compromisso dos ministérios para o Brazilian-Swiss Joint Reserch Programme (BSJRP), programa de cooperação internacional lançado em 2010, e estabelece novas parcerias para a fase 2013-2016 da iniciativa.

“A Suíça é para nós uma referência pela tradição educacional, pela qualidade das universidades, pela força do sistema empresarial e também pelo desenvolvimento científico, tecnológico e inovador”, afirmou Campolina durante o encontro.

Com a extensão do BSJRP, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e a Fundação Nacional de Ciência da Suíça (SNSF, na sigla em inglês) poderão lançar a terceira chamada pública de apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em áreas de interesse comuns aos dos países.

O primeiro edital, em 2009, apoiou pesquisas em neurociências, saúde, energia e meio ambiente. Em janeiro de 2011, a segunda chamada selecionou projetos no campo de energia, meio ambiente e saúde, com foco em doenças negligenciadas, alimentação e nutrição funcional. Os dois editais somaram R$ 5 milhões do lado brasileiro e um valor equivalente pelo governo da Suíça. Foram apoiados 22 projetos no total.

Ainda neste mês, os suíços vão inaugurar, no Rio de Janeiro e em São Paulo, escritórios da Rede Suíça de Conhecimentos (Swissnex), considerada uma importante ferramenta da política externa do país europeu para promover cooperações internacionais entre instituições nas áreas de educação, pesquisa e inovação. A Swissnex está presente em cidades dos Estados Unidos, em Cingapura, na China e na Índia.

Educação

O ministro Clelio Campolina destacou também a importância de manter parcerias com a Suíça para a formação e qualificação de recursos humanos. Segundo o titular do MCTI, o programa Ciência sem Fronteiras (CsF) enviou 75 estudantes para estudarem em universidades do país europeu. 

As instituições que receberam mais estudantes brasileiros foram o Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (19), a Escola Politécnica Federal de Lausanne (15) e as universidades de Genebra (13), de Zurique (8) e de Berna (6).

A Declaração Conjunta reafirma que ambos os países continuarão a divulgar informações e promover a mobilidade de estudantes e pesquisadores. “Esperamos que as universidades brasileiras possam atrair também estudantes da Suíça”, disse Clelio Campolina. “Há uma barreira da língua, mas a juventude brasileira está se capacitando em língua estrangeira e as nossas universidades estão se esforçando para ofertar cursos de idiomas.”

Pelo MCTI participaram do encontro, os secretários de Política de Informática, Virgilio Almeida, de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Carlos Nobre, o chefe da assessoria de Assuntos Internacionais, Franklin Silva Netto, além do diretor de Engenharias, Exatas e Ciências Sociais e Humanas do CNPq, Guilherme Azevedo Melo, e demais representantes do ministério.

Texto: Denise Coelho - Ascom do MCTI