Está disponível para consulta o Sistema de Observação de Tempo Severo (SOS Manaus), serviço online para previsões de tempestades na capital amazonense e entorno. Aberto ao público, o sistema auxiliará as pesquisas científicas da atmosfera, formação de nuvens e precipitação de chuva e serve como ferramenta diária para a população da cidade.
O SOS Manaus faz parte do Projeto Chuva – Processos de Nuvens Associados aos Principais Sistemas Precipitantes no Brasil: Uma contribuição a Modelagem da Escala de Nuvens ao GPM (Medida Global de Precipitação). É coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), um dos associados ao Green Ocean Amazon (GOAmazon), iniciativa que até 2015 busca avançar na compreensão científica de como os processos terra-atmosfera afetam a hidrologia e o clima tropicais, incluindo os níveis de poluição de Manaus.
De acordo com o coordenador do Projeto Chuva, Luiz Augusto Machado, o sistema informa em tempo real a condição do tempo e como ficará entre os próximos 20 e 40 minutos, além da quantidade de chuva das últimas horas e dias. Grandes acumulados de chuva causam problemas de circulação, de serviços e desastres. “O SOS permite que a população, antes de sair de casa ou do trabalho, veja na internet onde está chovendo, para onde está indo a chuva, se ela é forte ou não”, ressalta Machado, pesquisador do Inpe.
O serviço pode ser acessado por qualquer usuário. “Aproveitem, pois hoje somente em Manaus esse serviço está disponível para população”, destaca o coordenador.
O SOS Manaus usa radar meteorológico de banda X com dupla polarização, um sistema que permite identificar os tipos de partículas que estão no meio das nuvens. Instalada em Manacapuru, a 68 quilômetros da capital, a ferramenta trabalha em conjunto com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) na previsão do tempo. Após o período de experimento, que vai até outubro, o Sipam dará continuidade ao serviço.
Segundo o pesquisador Antônio Manzi, coordenador do GOAmazon pelo Inpa, o serviço será de grande utilidade nas campanhas observacionais da iniciativa, por permitir a identificação em tempo real dos locais de ocorrência de chuva, além de prever o seu deslocamento e a formação de novas precipitações.
Manaus é a sétima cidade estudada pelo Projeto Chuva. Leia mais.
Texto: Ascom do MCTI, com informações do Inpa