Ministro apontou revolução tecnológica em curso. Foto: Augusto Coelho/Ascom do MCTI
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, ressaltou nesta segunda-feira (17) que, no período recente, o desenvolvimento econômico, as novas tecnologias e os processos de inovação estão totalmente articulados com o desenvolvimento científico. Ele ponderou, no entanto, que falta prevalência dos objetivos sociais e humanos no processo de desenvolvimento.
“Vem ocorrendo um gnosticismo tecnológico, transformando o avanço da tecnologia num fim em si mesmo, subordinando a sociedade a uma corrida tecnológica sem precedentes, a qual vem comprometendo o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, mais humana e ambientalmente sustentável”, avaliou o novo titular do MCTI na cerimônia de transmissão de cargo, em que destacou a missão de criar um programa ousado para a área.
Em seu discurso, o ministro Campolina apontou a existência de uma nova revolução tecnológica em curso no mundo. A seu ver, ao contrário das anteriores, ela resultará da combinação de múltiplas trajetórias tecnológicas, com seu avanço e aperfeiçoamento. Ele citou as tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e sua capacidade de generalização, a exemplo da inteligência artificial, da robótica, da manufatura digital, das redes e sistemas de computação; o uso da nanotecnologia, em diferentes aplicações; a biotecnologia e a engenharia genética, e seus feitos sobre a saúde humana e animal; novos paradigmas e trajetórias energéticas; e novas formas de manejo e sustentabilidade ambiental.
“Essas trajetórias estão enraizadas e sustentadas no avanço da ciência, em todas as áreas e linhas de pesquisa”, afirmou. Nesse sentido, sustentou, há uma ampliação do cruzamento interdisciplinar, gerando um processo de interação crescente entre áreas de conhecimento e processos produtivos. Para Clelio Campolina, todos esses elementos indicam que o novo ciclo tecnológico terá uma integração cada vez maior das dimensões científicas, tecnológicas, humanas e ambientais.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI