Mapeamento divulgado nesta terça-feira (18) mostra sequência temporal do comportamento do índice de vegetação do Semiárido durante todo o ano de 2013 e até a última semana de janeiro de 2014. As imagens mostram a cobertura vegetal em situação melhor que a dos meses anteriores e que a da mesma época no ano passado.
O processo de monitoramento resulta de parceria do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) com o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). A iniciativa teve origem na longa de estiagem de 2012.
Segundo os pesquisadores, as chuvas ocorridas em fevereiro de 2013 no Leste do Piauí, no Sul do Ceará, no Oeste do Sertão de Pernambuco e na Bahia aumentaram consideravelmente o índice de vegetação. Em março, mês considerado mais chuvoso na maior parte do Semiárido nordestino, as chuvas se concentraram mais no Norte do Ceará, onde o índice de vegetação por diferença normalizada (NDVI, na sigla em inglês) também alcançou níveis maiores.
De abril a julho, a vegetação se apresentou em melhores condições hídricas, principalmente no Piauí, no Ceará, em grande parte do Semiárido dos estados do Rio Grande do Norte, da Paraíba e do Agreste de Pernambuco.
Desde então, com o final do período chuvoso na região, os valores dos índices diminuíram até outubro. A época compreende meses considerados climatologicamente mais secos na região, com exceção do Semiárido de Minas Gerais e Sul da Bahia, onde, ao contrário, nesse momento se inicia o período chuvoso.
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Os pesquisadores explicam que quando a maior parte do mapa do Semiárido brasileiro está na cor vermelha é demonstração da existência de pouca vegetação nos meses mais secos. Por conta das chuvas ocorridas no início de novembro, na primeira quinzena de dezembro de 2013 e na segunda quinzena de janeiro deste ano, observa-se grande diferença no índice de vegetação em relação aos meses anteriores.
O NDVI permite não só mapear, mas também quantificar e fornecer informações sobre as condições de uma determinada área.
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Texto: Ascom do MCTI, com informações do Insa