Após 15 anos de pesquisas com o Zingiber zerumbet, conhecido como gengibre amargo, o pesquisador Carlos Cleomir, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), e seu grupo de pesquisa desenvolveram sabonetes que auxiliam no combate à acne vulgar. A base é o óleo essencial dessa planta e de frutos amazônicos.
O sabonete vegetal antiacne e antisséptico foi patenteado pela empresa Biozer da Amazônia, que é de propriedade de Cleomir e uma das sete empresas incubadas pelo Inpa. A primeira etapa já foi concluída, inclusive com a obtenção do protótipo (produto de teste nos resultados parciais do projeto).
“Este produto tem um diferencial se comparado aos outros que já estão no mercado, pois os extratos retirados do gengibre possuem ação anti-inflamatória, antioxidante e antibacteriana. Esta é proposta do sabonete, que chegará ao mercado até setembro”, explica o doutor em biotecnologia e recursos naturais. A dermatose atinge aproximadamente 90% dos adolescentes.
Originário da Ásia, o gengibre amargo foi encontrado em grande quantidade pelo pesquisador e sua equipe em visitas técnicas e excursões realizadas nos municípios amazonenses de Iranduba, Parintins, Itacoatiara e Presidente Figueiredo. Em Manaus, o gengibre amargo foi localizado em áreas rurais como Tarumã Mirim e Puraquequara.
Segundo Cleomir, apesar das potencialidades medicinais e econômicas, as pessoas usam a planta basicamente para ornamentação, por causa da flor. Ele lembra que antes suas pesquisas estavam voltadas para a potencialidade de combate ao câncer, porém observou que o vegetal tinha base científica para expansão dos estudos.
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Texto: Leonardo Jeronimo – Ascom do Inpa