O Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI) apresentou nesta segunda-feira (3), durante a conferência que marca o encerramento do Projeto Cenários para a Amazônia: Uso da Terra, Biodiversidade e Clima, os produtos gerados pelo projeto, nos últimos cinco anos. 

Exemplos são a infraestrutura que permite fazer ao mesmo tempo uma pesquisa integrada de clima e biodiversidade; e os mapas de uso da terra e modelos matemáticos que permitem fazer essa integração e mostram como os governos locais, regionais ou federais podem usar esses dados para conceber políticas públicas mais adaptadas às realidades locais.

Segundo o coordenador do projeto, o pesquisador do Inpa Flávio Luizão, o projeto começou de fato em 2009 e foi uma primeira tentativa de integrar três iniciativas ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI): o Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), a Rede Temática de Pesquisa em Modelagem Ambiental da Amazônia (Geoma) e o Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PBBio). Dessa forma, o projeto cobriu uma grade parte da região amazônica brasileira.

O Cenários coletou informações no norte do Mato Grosso, no Pará (Caxiuanã e Santarém), em parte do Maranhão que está dentro da Amazônia, na região próxima de Manaus e no sul do Amazonas, com foco em Humaitá. Esses locais são chamados centros de endemismo.

Flávio Luizão ressalta que o Projeto Cenários representa uma importância muito grande por proporcionar a capacidade de compreender melhor a região e ter um quadro mais completo, porque, muitas vezes, as pesquisas sobre o bioma são localizadas, ou seja, retratam somente a realidade de uma pequena parte dele.

“Com uma abrangência maior somos capazes de entender melhor as mudanças que estão acontecendo na Amazônia. E isto para tomada de decisões é de suma importância”, explica.

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Texto: Luciete Pedrosa – Ascom do Inpa