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Período da Copa tem vários frutos da Amazônia disponíveis
17/01/2014 - 17:58
Açaí, cupuaçu, castanha-do-brasil, guaraná e as delícias preparadas com essas frutas já conquistaram o Brasil e algumas partes do mundo. Mas ainda há muitas outras frutas saborosas e nutritivas, como buriti, cubiu, bacuri, mapati, camu-camu, araçá-boi, pupunha e tucumã, que possuem alto valor agregado e poderiam ter melhor aproveitamento neste ano de Copa do Mundo de Futebol.

Durante o mundial (12 de junho a 13 de julho), pelo menos 15 frutos nativos estarão no período de safra e disponíveis em forma in natura, de acordo com o engenheiro florestal e técnico Afonso Rabelo, da Coordenação de Biodiversidade do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). Como centro de excelência no estudo da biodiversidade e dos ecossistemas amazônicos, a instituição desenvolve desde a década de 1980 várias pesquisas usando esses frutos.

Os visitantes poderão conhecer as cores e sabores do açaí-do-amazonas (Euterpe precatoria), açaí-do-pará (Euterpe oleracea), araçá-boi (Eugenia stipitata), bacuri-de-espinho (Garcinia madruno), bacuri-do-igapó (Garcinia brasiliensis), biribá (Rollinia mucosa), cubiu (Solanum sessiliflorum), ingá-açu (Inga cinnamomea), ingá-cipó (Inga edulis), jatobá (Hymenaea courbaril), jenipapo (Genipa americana), mari-mari (Cassia leiandra), sorvinha (Couma utilis), maracujá-do-mato (Passiflora nitida) e tucumã (Astrocaryum aculeatum).

“Além desses, também tem os frutos industrializados, que são aqueles beneficiados pelas indústrias alimentícias, de bebidas, fitoterápicos e cosméticos”, disse Rabelo, que é autor do livro Frutos Nativos da Amazônia Comercializados nas Feiras de Manaus-AM, no qual descreve 38 frutos comercializados em dez feiras da capital amazonense.

Na floresta amazônica existem aproximadamente 250 espécies com frutos comestíveis, entre fruteiras nativas e palmeiras. As frutas são aliadas importantes quando se trata de alimentação saudável, por serem ricas em vitaminas, sais minerais, gorduras do bem e outros nutrientes que contribuem para o bom funcionamento do corpo.

No cardápio

Nos últimos anos, restaurantes e bares maiores passaram a incorporar no cardápio os alimentos regionais e nativos, como peixes (tambaqui, pirarucu), ervas, temperos (pimenta murupi, jambu) e frutos (açaí, castanha-do-brasil, cupuaçu, tucumã, banana pacovã, araçá-boi, bacuri). Esses últimos ganham cada vez mais mercado nas empresas de chocolates, em forma de geleias, trufas, bombons, panetones e licores, por exemplo.

Muitos frutos amazônicos substituem facilmente em valores nutricionais as frutas exóticas (que não são originárias da região). Porém, além do desconhecimento das potencialidades agroindustriais e gastronômicas de certos frutos nativos, empresários do setor de alimentos e bebidas afirmam que têm problemas quando se trata de escala de produção, de encontrar produtos dentro dos padrões de higiene (tucumã minimamente processado ou em lascas) e de preço. Há dificuldade de acessar diretamente o produtor.

Os estudos do Inpa sobre frutos vão da área da botânica até o desenvolvimento de produtos, passando pelos aspectos agronômicos, nutricionais, medicinais e econômicos.

Entre os produtos e processos patenteados pela unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em Belém estão: um “mix” à base de pupunha e bacuri; a pupurola (a granola de pupunha); bebida fermentada de pupunha; sabonete sólido e sabonete líquido à base de óleo de pupunha e buriti; creme antioxidante à base de óleo de pupunha; emulsão evanescente à base de óleo de pupunha e buriti; e farinha integral de pupunha.

Parte das tecnologias de produtos e processos patenteados é transferida para empresas de base tecnológica incubadas pelo próprio instituto, gerando negócios inovadores que têm como base o desenvolvimento sustentável. Atualmente o Inpa tem 69 pedidos de patente, 115 produtos e processos registrados.

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Texto: Cimone Barros – Ascom do Inpa

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