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Rede de monitoramento ajuda Brasil a enfrentar desastres naturais
22/11/2013 - 18:06
Com o mapeamento de áreas de risco, a instalação de equipamentos para medir a intensidade de chuvas e o reforço à rede de observação com novos radares meteorológicos, o Brasil já pode prever, com mais eficiência, a chegada de chuvas e antecipar iniciativas de resposta em caso de desastres naturais.

As ações integram o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais, lançado em agosto de 2012, com medidas a serem implementadas até 2014, em quatro eixos temáticos: prevenção; mapeamento; monitoramento e alerta; e resposta. Veja apresentação.

Coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, é executado por sete ministérios, dentre eles, o da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), cuja atribuição é estruturar a rede de monitoramento climático. 

Entre as metas do plano, está a implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao MCTI, e a estruturação do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), ligado ao Ministério da Integração Nacional (MI). Os dois atuam 24 horas por dia, em estreita colaboração, e emitem alertas para a ocorrência de enxurradas e deslizamentos com até seis horas de antecedência. 

Para avaliar a iminência de desastres, o centro cruza informações hidrológicas, geológicas, meteorológicas e sociais, entre outras.  Desde dezembro de 2011, o Cemaden emitiu 857 alertas em três graus de risco – moderado, alto e muito alto. 

Pluviômetros automáticos

O Cemaden adquiriu 1.500 pluviômetros automáticos para todo o território nacional. Até o momento, foram instalados 726, sendo que 628 deles já estão transmitindo dados, o que aumenta a cobertura de áreas de risco, como na Região Serrana do Rio de Janeiro, que já dispõe de 92 unidades.

“Com esses equipamentos, que medem a intensidade de chuvas, o país passou a contar com uma rede de observação específica para riscos de desastres naturais associados a chuvas intensas”, destaca a diretora do Cemaden, Regina Alvalá. 

Segundo ela, a Serra e a Baixada Fluminense, o litoral de São Paulo, a capital paulista, Grande ABC, Vale do Itajaí e cidades históricas de Minas Gerais já contam com “um número expressivo” de equipamentos instalados neste início da estação chuvosa no Sul e Sudeste do país. Cidades do Norte e Nordeste também já começaram a receber pluviômetros automáticos.

As informações por eles coletadas são enviadas para o servidor da unidade, que automaticamente os processa e armazena. Os dados desse banco são instantaneamente disponibilizados em uma plataforma de monitoramento, denominada Salvar, que subsidia os pesquisadores e técnicos que acompanham o risco de desastres no Brasil.

 Parceria com as comunidades

 Também foram adquiridos 1.100 equipamentos semiautomáticos para o Projeto Pluviômetros nas Comunidades. Destes, 267 já estão instalados em áreas de risco e são operados por equipes locais, especialmente treinadas para tal finalidade.

“Desta forma, as populações que vivem em áreas sujeitas a eventos adversos podem se preparar melhor para enfrentar e se proteger dos impactos”, comenta Regina Alvalá. As inscrições para participação, voltadas a entidades públicas ou sem fins lucrativos, ainda estão abertas. Caberá a essas instituições parceiras oferecer o local para os equipamentos e zelar por sua conservação, ao passo que o governo federal cuidará de treinamento de pessoal e manutenção. 

Radares

O MCTI adquiriu, ainda, nove radares, que ocuparão grandes vazios na cobertura atual. O primeiro está operando em Natal, em fase de teste. Outros dois estão sendo instalados em Petrolina (PE) e Salvador.

“Com a conclusão da instalação da rede de dados observacionais, que deve acontecer em 2014, o país disporá dos dados básicos necessários para um conjunto de atividades operacionais e de pesquisa que embasarão o desenvolvimento de sistemas pilotos de alertas de cheias e enxurradas e de alertas de movimentos de massa”, avalia Regina Alvalá. “Isso significa ter uma leitura mais refinada desses fenômenos, que permitirá o uso das metodologias mais avançadas na área para prevenção, aumentando ainda mais nossa capacidade de antecipação para salvar vidas e evitar prejuízos de toda ordem.”

 

Texto: Ascom do MCTI

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