Na avaliação de Yong, a experiência brasileira com biocombustíveis é uma importante ferramenta para disseminar o uso de energias renováveis. “Todos os países podem usar como referência o biogás e várias outras tecnologias para o agronegócio desenvolvidas pelo Brasil. É muito importante que todos aprendam a usar tecnologias renováveis”, destacou.

Para Raupp, cooperações internacionais são bem vindas e devem ser estimuladas. “A ciência e a tecnologia são dois assuntos que devem sempre estar presentes em questões diplomáticas. Essas áreas são muito importantes para o crescimento de uma economia”.

Uma comitiva da agência internacional está no Brasil para cumprir uma série de encontros em busca de fortalecer as relações com o país. Nesse sentido, Yong também apresentou a necessidade de a Unido firmar parcerias em áreas estratégicas com os países do Brics, bloco econômico composto pelo Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul.

“Os [países do] Brics têm relevância significativa em paridade de poder de compra, portanto, têm influencia na relação de trocas internacionais como também na área de inovação”, avaliou o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, que também participou do encontro.

Segundo ele, ampliar a cooperação entre a Unido e o Brasil será benéfico para ambas as partes. “Muitos dos estudos e programas que eles se propõem a fazer em áreas estratégicas se assemelham ao que estamos fazendo na Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação [Encti]”

A Unido visa estimular e desenvolver o conhecimento, os instrumentos, a informação e a tecnologia na promoção de uma economia com crescimento de produtividade e competitividade. Criada em 1966, a agência faz estudos em diversos temas com foco industrial, como a ampliação da cooperação com a África com países latino-americanos e energia limpa e sustentabilidade. A entidade tem 171 países associados, a sede é em Viena, na Áustria, e possui escritórios em 35 países.

Texto: Felipe Linhares – Ascom do MCTI