Estudantes de graduação, dentre eles 11 indígenas, participaram da quarta oficina de áudio e vídeo em documentação indígena do Centro de Documentação Permanente de Línguas e Culturas Indígenas da Amazônia, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI). Os alunos, em sua maioria da área de letras, puderam aprender técnicas de filmagem e edição de vídeodocumentário.
A oficina foi realizada no começo do mês. A atividade objetiva sensibilizar e capacitar os participantes para métodos e equipamentos adequados à documentação do patrimônio cultural.
Com representantes de quatro etnias localizadas no Pará – Kayapó, Tembé, Mundurukú e Kaxuyana –, a oficina promoveu o contato direto com pesquisadores do Museu Goeldi que vão a campo. Muitos dos participantes do treinamento já fazem a documentação por meio de registros em vídeo que contribuem para contar a história de um povo.
Entre os palestrantes estiveram pesquisadores do Museu Goeldi como Denny Moore, doutor em linguística e antropologia cultural, e Glenn Shepard, doutor em antropologia médica.
As oficinas de documentação incentivam os participantes a realizarem a documentação, salvaguardando no tempo eventos, músicas e crenças próprios de sua etnia, e assim contribuir para a valorização de sua línguas e cultura. A linguista Ana Vilacy Galúcio, pesquisadora e chefe da Coordenação de Ciências Humanas, diz que a ideia é ensinar como fazer registros válidos para estudos, pesquisas e divulgações científicas e mostrar que não é uma tarefa difícil.
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Texto: Júlio Matos – Agência Museu Goeldi