O pesquisador Elibio Rech, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, foi o vencedor do Dabeinong Science and Technology Award de 2013 pelo desenvolvimento de soja transgênica tolerante a herbicida.
O prêmio é um dos mais importantes da China em ciência e tecnologia e é outorgado pela Academia de Agricultura e Ciências Florestais de Beijing (Pequim). A cerimônia de entrega será nesta semana, durante o Fórum Global de Inovação em Biotecnologia Agrícola, na capital chinesa.
A soja transgênica, denominada Cultivance, foi desenvolvida em parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a empresa Basf e está sendo lançada no mercado brasileiro na safra de 2013. Essa foi a primeira planta geneticamente modificada desenvolvida inteiramente no Brasil, com o foco direcionado a sustentabilidade. O objetivo é facilitar o acesso de agricultores brasileiros a alternativas tecnológicas avançadas, com ganhos econômicos e maior eficiência na responsabilidade de manter os recursos naturais.
O objetivo das duas empresas é estender os benefícios do sistema de produção dessa variedade, ajustado às necessidades locais, a países da América Latina, como a Argentina, o Uruguai, a Bolívia e o Paraguai, e outros 20 países, incluindo a China.
Sobre o pesquisador
Elíbio Rech é agrônomo, graduado pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado em fitopatologia pela mesma universidade, e doutorado e pós-doutorado na Inglaterra, pela Universidade de Nottingham. Ingressou na Embrapa em 1981 e sempre trabalhou na área de biotecnologia vegetal. Em 2002, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de comendador, que é o prêmio mais importante concedido a um cientista no Brasil.
Desde que entrou na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o pesquisador trabalha no desenvolvimento de plantas transgênicas com características de interesse para a agropecuária nacional.
Rech está empenhado no desenvolvimento de uma nova plataforma tecnológica para expressar moléculas de alto valor agregado: o uso de plantas, animais e micro-organismos geneticamente modificados como biofábricas para produção de insumos, como medicamentos e fibras de interesse da indústria, entre outros.
Esses conhecimentos são usados hoje na unidade da Embrapa para a geração de fios produzidos por aranhas da biodiversidade brasileira em laboratório, por exemplo.
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Texto: Fernanda Diniz – Ascom da Embrapa