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Notícia sobre a 10ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia Cerimônia da Ordem do Mérito Científico inicia SNCT em Brasília
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Setenta pessoas tiveram sua contribuição à ciência reconhecida. Foto: Giba/Ascom do MCTI
21/10/2013 - 19:27
A entrega das insígnias da Ordem Nacional do Mérito Científico deu início às atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2013 do Distrito Federal, nesta segunda-feira (21), em Brasília. A honraria foi entregue pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp – representando a presidenta Dilma Rousseff –, a 70 cientistas e personalidades que contribuíram para o avanço da ciência brasileira.

A solenidade teve a presença de familiares dos homenageados, autoridades das Forças Armadas e representantes de governo e do meio acadêmico. Entre eles, a presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader, o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, e o comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto.

Instituída pelo decreto Decreto 772, de 16 de março de 1993, a Ordem Nacional do Mérito Científico é considerada a mais importante condecoração na área científica e tecnológica do país e se destina a premiar personalidades nacionais e estrangeiras que se destacaram por sua contribuição ao desenvolvimento da área.

Os agraciados – indicados por autoridades ligadas à área científica e tecnológica para as duas classes de membros, grã-cruz e comendador – foram admitidos ou promovidos com as insígnias, além de diploma assinado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, chanceler da ordem. Também foram concedidas medalhas de prata a representantes do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa ( Confap) e do Conselho Nacional de Secretários de Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti).

Em seu pronunciamento, o ministro Raupp falou da importância do prêmio, que, a cada edição, além da presença dos cientistas de renome do país, também têm reconhecido instituições da sociedade civil. Para ele, essa valorização fortalece ainda mais a ciência brasileira. “Identificando que existe esse reconhecimento essas pessoas se dedicam mais. É um círculo virtuoso que se cria de cooperação em todos níveis da sociedade brasileira pelo desenvolvimento do país”, afirmou.

Homenagens

Durante a solenidade, foi prestada homenagem póstuma ao físico polonês George Charpak, vencedor do Prêmio Nobel de 1992 e que atuou na área de física nuclear e de partículas em várias instituições científicas, incluindo o Cern, organização europeia para a pesquisa nuclear. E na categoria comendador, à professora Maria Laura Mouzinho Leite Lopes – doutora em ciências matemáticas que ficou conhecida pela frase: “A alma do aluno não é um vaso que se deve encher, mas uma lareira que se deve acender”.

Helena Nader, da SBPC, destacou a relevância do evento a da luta da entidade nos seus 60 anos de existência pela construção de um país digno, com educação e uma ciência capazes de mudar o ritmo da história do país. “Fiquei emocionada em estar aqui hoje e cumprimentar amigos e de ver representantes de várias entidades que mudaram em diferentes aspectos a noção do mérito da ciência”, afirmou, ao citar a Fundação Conrado Wessel, que teve dois dos seus membros premiados.

“Dos cientistas que estão aqui não preciso falar nada, o currículo Lattes de cada um deles diz tudo. São de renome internacional, pessoas que criaram uma história, cada um deles dentro de uma área específica de ciência, formação de recursos humanos e em diferentes regiões do país. E isso é realmente importante, embora nossa ciência seja muito jovem ela está se expadindo para o todo o território nacional, não ficando mais concentrada no eixo Rio-São Paulo.”

Reconhecimento

Agraciado na área de ciências biológicas com a medalha Grã-Cruz, o médico José Luiz de Lima Filho, da Universidade Federal de Pernambuco, classificou o reconhecimento como um ponto marcante em sua carreira. “Um prêmio que representa um esforço de muitos anos de formação numa área muito importante no nosso país, que é a de diagnóstico médico”, comentou o pesquisador, que estuda sistemas que utilizem biossensores.

“É o mesmo sistema que usamos para diagnosticar o nível de glicose, por exemplo. Imagina ter esse sistema para fazer o diagnóstico de dengue, de hepatite e de câncer”, pontuou. “Não só para fazer o diagnóstico, mas também para saber como está evoluindo a doença e se o tratamento está sendo eficiente. E é possível usar essa tecnologia em qualquer lugar do país.”

Já o pesquisador Manoel Odorico de Moraes Filho, da Universidade Federal do Ceará, doutor em oncologia pela Universidade de Oxford na Inglaterra, recebeu a condecoração de comendador. “É uma honra para todo cientista brasileira ser escolhido como comendador da ordem”, comentou.

Moraes Filho atua na área de clínica e pré-clínica com novos medicamentos e atribuiu a comenda ao trabalho feito em parceria com a esposa e pesquisadora Elizabeth Moraes. “Nós fomos os pioneiros na implantação do estudo de bioequivalência com medicamentos genéricos no Brasil. Nosso grande mérito foi ter dado essa contribuição ao país”, disse.

 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI (atualizado às 20h40)

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O ministro Raupp na cerimônia. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O ministro Raupp na cerimônia. Foto: Giba/Ascom do MCTI
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