O secretário de Desenvolvimento Tecnológico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, apresentou um panorama nacional sobre a relação entre pesquisa e indústria no Brasil.
Segundo ele, o cenário desigual de crescimento é um reflexo de vários fatores, dos quais dois se destacam: a relação deficiente entre ciência e educação de base e o fato de o diálogo entre o meio acadêmico e o industrial nem sempre acontecer de maneira construtiva.
Para tentar mudar essa realidade e ajudar no crescimento mais uniformizado da produção tecnológica e de inovação o MCTI atua como "catalisador de iniciativas regionais de inovação". "Por isso é muito importante nosso contato com as secretarias locais de cada estado ou região”, observou.
Prata lembrou que o cenário nacional de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) é recente e apresenta diferenças de crescimento entre suas frentes de trabalho. As perspectivas futuras, no entanto, são positivas, principalmente quando observadas sob o prisma da sustentabilidade.
O secretário participou, no último dia 4, do seminário “Biodiversidade, Inovação e Sustentabilidade – Amazônia e Reino Unido experiências e oportunidades”, promovido pelo Museu paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI). Ele falou na mesa redonda “Oportunidades de desenvolvimento local: o papel das empresas na Amazônia”, que também contou com a presença de Vitor Fernandes, da empresa Natura; Carmem Lara, do Instituto Vale, e Pamela Robinson, da Universidade de Birmingham.
O evento compõe a programação comemorativa os 20 anos da instalação da Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), mantida pelo Museu Paraense Emilio Goeldi em parceria com o MCTI em Melgaço (PA) e reuniu profissionais e pesquisadores brasileiros e do Reino Unido para melhorar o intercâmbio de práticas nas áreas de biodiversidade, biotecnologia, transferência de tecnologia e propriedade intelectual.
Texto: Lucila Vilar – Agência Museu Goeldi