O potencial da flora local, conjugada à agricultura familiar, para desenvolver o setor de alimentos no Amazonas foi destacado no 3º Workshop do Projeto Fronteira, em São Gabriel da Cachoeira, a 857 quilômetros de Manaus.
Realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) de 2007 a 2012, o projeto estudou a biodiversidade da região do Alto Rio Negro, especificamente os municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel. Foi apoiado com recursos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI).
"A variação dos recursos genéticos vegetais aqui do município é enorme, e as comunidades não podem e nem devem depender de alimentos vindos da cidade, pois só aqui são encontradas 700 espécies disponíveis para alimentação", destacou o engenheiro agrônomo e técnico do Inpa Ariel Dotto Blind, nesta quinta-feira (19). Ele chamou atenção para as propriedades alimentícias de espécies pouco conhecidas pela população.
O pesquisador Luiz Gomes palestrou sobre o potencial bioeconômico das Fabaceae (fabáceas, também conhecidas como leguminosas) da região. Entre os vários usos possíveis, ele citou a recuperação de solos. "As leguminosas são de extrema importância para os sistemas agroflorestais, pois têm o potencial, a longo prazo, de recuperar áreas que foram destruídas pela ação antrópica [do homem]. Também são utilizadas como objetos de decoração de grande valor", disse.
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Texto: Ascom do MCTI, com informações do Inpa