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Comissão Brasil-Alemanha planeja avanços na cooperação em CT&I
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No Itamaraty, representantes do Brasil e da Alemanha discutem ampliação de parcerias em CT&I. Foto: Giba/Ascom do MCTI
16/09/2013 - 19:05
O Brasil e a Alemanha querem aprofundar as relações bilaterais na área científica e tecnológica. Temas de interesse de ambos os países estão sendo discutidos no Palácio do Itamaraty, em Brasília, onde hoje (16) foi aberta a 28ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação. O encontro prossegue até amanhã (17).

Na cerimônia de abertura representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) falaram da expectativa brasileira de ampliar cooperações já existentes e apostar em novos campos de atuação. Na avaliação do secretário executivo da pasta, Luiz Antonio Elias, o Brasil vive um “momento oportuno” para avançar nos acordos com a Alemanha, com quem o Brasil possui “laços culturais e forte aproximação” na área científica, tecnológica e empresarial.

“Temos, hoje, capacidade nas nossas universidades para impulsionar ainda mais esse processo”, disse, ao destacar o país europeu como “forte aliado” do programa Ciência sem Fronteiras (CsF). “A Alemanha se colocou à frente desse projeto, o que mostra a envergadura e os esforços dos nossos países para reforçar a formação de recursos humanos”.

Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do ministério, Carlos Nobre, os dois países também podem avançar no campo do meio ambiente e clima. Ele reforçou o protagonismo exercido pelo Brasil ao estabelecer metas voluntárias de redução das emissões de gases de efeito estufa até 2020 e os avanços obtidos com a queda de 80% no desmatamento na Amazônia e de mais de 50% na região do Cerrado. “Esses dados, de 2010, mostram que o país está indo no caminho certo. E a Alemanha também tem cumprido os seus compromissos”.

As ciências oceânicas, lembrou Nobre, é outra área de interesse. Ele citou a aquisição de um navio de pesquisas hidroceanográficas e a criação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh). “As correntes marinhas serão modificadas com o aquecimento global. É essencial nos adaptarmos para as mudanças climáticas”.

Em relação à sustentabilidade agrícola, o secretário comentou a meta brasileira de dobrar a produção e, ao mesmo tempo, reduzir em 25% a área plantada. “Para aumentar a produtividade, reduzir as emissões e o impacto no meio ambiente será preciso muita ciência e tecnologia. Programas de cooperação neste sentido serão muito bem-vindos”, afirmou.  

Inovação

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Alvaro Prata, falou das oportunidades existentes na área de inovação tecnológica, em especial, em energia renovável. “Queremos investir em outras formas de energia que, na verdade, se complementam. Temos tido parceria com a Alemanha nas mais diversas áreas, com avanços importantes como em energia solar. Queremos ampliar isso”.

Prata comentou ainda sobre o desafio brasileiro em estimular a inovação. Para isso, ressaltou ele, o governo criou a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), inspirada no modelo da organização alemã Fraunhofer, instituição que tem foco em ciência aplicada.

“Esperamos que a parceria com esses institutos da Alemanha possa nos ajudar. Queremos atuar em várias áreas do conhecimento e fortalecer as parcerias industriais”.

O vice-ministro de Educação e Pesquisa da Alemanha, Georg Schütte, destacou a importância da cooperação e da inovação para superação de desafios internacionais na área do meio ambiente. “Nenhum país pode se desenvolver de forma isolada”, ressaltou. “As tecnologias são tão complexas que chegamos à fronteira das capacidades nacionais, o que só será enfrentado com a complementariedade de um trabalho em âmbito internacional”, disse, ao acrescentar que a Alemanha e o Brasil podem ser “precursores” em relação a outros países em áreas como a bioeconomia.

Cooperação

 A cooperação em C&T entre o Brasil e a Alemanha é amparada pelo Acordo-Quadro sobre Cooperação em Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, assinado em março de 1996. Os dois países reúnem-se periodicamente para tratar da cooperação em C&T na Comissão Mista de Ciência, Tecnologia e Inovação.

 O diretor interino do departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Ministério de Relações Exteriores brasileiro, Ademar Seabra, ressaltou o caráter histórico da reunião da comissão mista, que realiza seu 28º encontro. “É um indicador da importância dessa relação, não temos nenhum outro parceiro com uma frequência como esta”, comentou. “O Brasil tem tradição na economia do conhecimento natural e também em relação à bioeconomia. O que nós pretendemos trazer à discussão são as prioridades e oportunidades geradas a partir da parceria com o Brasil. Nós temos a oportunidade de passar para uma linha de cooperação que evolua a partir de agora para outro patamar”.

 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

 

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O secretário executivo Luiz Antonio Elias fala sobre o Ciência sem Fronteiras. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário executivo Luiz Antonio Elias fala sobre o Ciência sem Fronteiras. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário Carlos Nobre reforça os avanços nas políticas ambientais. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário Carlos Nobre reforça os avanços nas políticas ambientais. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário Alvaro Prata destaca a criação da Embrapii para a inovação no país. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário Alvaro Prata destaca a criação da Embrapii para a inovação no país. Foto: Giba/Ascom do MCTI
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