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Estudo do Inpa amplia vida útil de tambaqui refrigerado
11/09/2013 - 14:30
O resultado da dissertação do professor licenciado de ciências agrícolas Hellienay Souza possibilitou a conservação de cortes de tambaqui (Colossoma macropomum) oriundo da piscicultura e a extensão da vida útil do pescado refrigerado para 35 dias em condição corrente de consumo.

O trabalho, intitulado “Utilização de atmosfera modificada e de refrigeração na conservação de cortes de tambaqui de piscicultura”, foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Agricultura no Trópico Úmido (PPG ATU) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI), sob orientação do pesquisador Rogério de Jesus, líder na área de tecnologia do pescado no instituto.

Com espaço garantido na mesa do amazonense e apreciado em outras regiões brasileiras, o tambaqui refrigerado por meio de processo mecânico é uma alternativa para ampliar o mercado e criar um novo nicho. Atualmente é comum apenas o peixe congelado ou salgado.

De acordo com Rogério de Jesus, o aumento do tempo de prateleira do pescado refrigerado, a partir de um processamento mínimo, é um ganho importante para a indústria pesqueira por possibilitar maior tempo de armazenamento e facilitar o transporte para outros mercados consumidores. A situação proporciona ainda ao consumidor produtos de valor agregado, dentro da linha de conveniência (de fácil preparo ou pré-pronto para ir para a panela ou o micro-ondas) atendendo às necessidades da vida moderna. Sem tratamento acidificado, o pescado embalado apenas em saco durou somente cinco dias nas mesmas condições de consumo.

Métodos e resultados

Segundo Hellienay Souza, o estudo avaliou o efeito das embalagens em atmosfera modificada em cortes do peixe (costela, lombo e posta) a fim de obter um produto alimentício de conveniência proveniente da aquicultura. Para isso, as amostras foram submetidas a sete tratamentos: 100% CO2 (gás carbônico), 60% CO2 e 40% N2 (nitrogênio) e a vácuo; os três nas condições acidificada (ácido cítrico comercial 1%) e não acidificada, além da amostra controle (saco). Todas foram mantidas sob refrigeração a 2 graus Celsius, variando um grau para mais ou menos.

De acordo com os pesquisadores, o pescado alcançou os 35 dias de refrigeração em atmosfera acidificada com uma qualidade de consumo corrente (28 dias em boa qualidade e 14 dias em condições excelentes) e chegou a 21 dias em atmosfera modificada não acidificada, o que representa uma ampliação de 14 dias de vida sob refrigeração. Segundo Souza, eles esperavam chegar apenas a 25 dias, baseado em pesquisas realizadas em outros institutos com outros peixes.

Leia mais.

 

Texto: Cimone Barros – Ascom do Inpa

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