Duas novas espécies de peixes elétricos foram descobertas na Amazônia pelos pesquisadores Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Cristina Cox, do departamento de biologia da Universidade de Massachusetts, e John Sullivan, do Museu de Vertebrados da Universidade de Cornell, ambos dos Estados Unidos.
Segundo o pesquisador do Inpa, essas duas espécies – Brachyhypopomus walteri e Brachyhypopomus bennetti – produzem um sinal elétrico muito fraco, impossível de sentir ao contato. “Essas espécies não são como o poraquê [Electrophorus electricus], capaz de atordoar uma pessoa que tenha contato com ele por conta da sua carga elétrica forte”, disse.
As duas novas espécies são muito semelhantes entre si e foram classificadas no subgênero Odontohypopomus, por serem as únicas com dentição no seu gênero. E, de acordo com estudo, os sinais elétricos desses peixes são utilizados basicamente para comunicação e para localizar presas e predadores.
“A espécie Brachyhypopomus walteri possui carga elétrica bifásica. Já a espécie Brachyhypopomus bennetti possui carga monofásica positiva, e seus sinais elétricos irregulares se assemelham ao do poraquê”, explicou Zuanon. “Acreditamos que o Brachyhypopomus bennetti possa imitar esses sinais como forma de defesa contra os predadores, uma forma de mimetismo inédita na biologia.”
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Texto: Fernanda Farias – Ascom do Inpa