Desenvolvido há 16 anos, tendo como base a Estação Científica Ferreira Penna, do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCTI) na Floresta Nacional de Caxiuanã, o Programa de Desenvolvimento Sustentável Floresta Modelo de Caxiuanã é um exemplo de tecnologia social para exportação.
Assim reconhece a Fundação Banco do Brasil (FBB), que anunciou nesta terça-feira (3) a certificação do programa do Museu Goeldi juntamente com outras 175 iniciativas, das quais 19 são da Amazônia, a maioria – nove – no Pará.
“Estamos felizes em receber esta notícia no vigésimo aniversário da Estação Científica Ferreira Penna, que também muito simboliza para quem faz pesquisas e/ou vive na Floresta Nacional (Flona) de Caxiuanã, nos municípios de Melgaço e Portel, no estado do Pará”, comemorou a coordenadora da estação e do programa, agora certificado, Graça Ferraz.
Pautado pela parceria com as populações de Caxiuanã e em abordagem a partir da educação ambiental, o programa tem por metas contribuir para a conservação e o manejo sustentado da Flona, criando um modelo de desenvolvimento sustentável para suas comunidades, e gerar informação para formulação de políticas públicas adequadas à Amazônia.
Potencialização
“Observar as dificuldades, as limitações e as diferenças regionais” é a proposta de tecnologias de abordagem social, explica a coordenadora. “Respeitar as diferenças e potencializá-las em favor das pessoas que vivem na região é o desafio a que se propôs o Programa Floresta Modelo de Caxiuanã, desde o início em 1997”, diz Graça Ferraz.
Experiências bem-sucedidas no atendimento de populações humanas, essas tecnologias podem ser um produto, uma técnica ou uma metodologia desenvolvidas na interação com a comunidade, que têm a finalidade de transformar socialmente e que sejam reaplicáveis.
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Texto: Jimena Felipe Beltrão – Agência Museu Goeldi