Alvaro Prata, do MCTI, na audiência do Senado. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, participou nesta terça-feira (27) de audiência pública sobre a exploração do gás natural de xisto e seus efeitos na política energética e na economia do setor. Na reunião, da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal, ele defendeu que o país precisa explorar todos os seus recursos energéticos.
Esse combustível é encontrado no xisto argiloso, rocha tradicionalmente considerada incapaz de expelir volumes comerciais da substância. Os gases contidos nessas formações são chamados “não convencionais” no que diz respeito à extração. Segundo o secretário, a contribuição do MCTI para a exploração dessa fonte de energia é criar condições, instrumentos e programas para qualificar científica e tecnologicamente o setor industrial.
“O Brasil é um país muito grande e com a matriz energética muito diversificada. Nós precisamos fomentar e dar condições para que possamos dominar essas tecnologias”, afirmou Prata. “O Brasil, dada a sua riqueza, potencial e condição que ocupa, precisa explorar de uma maneira diversificada todos os seus recursos energéticos naturais”, enfatizou.
Para o titular de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, o país já avançou muito no setor de petróleo e gás, mas ainda há muito a ser feito. “Nós precisamos inovar, buscar novas tecnologias, aumentar nosso ganho em escala e promover a competitividade”, destacou, ressaltando que 85% do setor de petróleo e gás é composto por micro e pequenas empresas.
Inova Empresa
Alvaro Prata apontou o Plano Inova Empresa como um grande aliado do setor industrial para o desenvolvimento tecnológico. Ele destacou que, dos R$ 32,9 bilhões do plano, R$ 4,1 bilhões se destinam à área petróleo e gás, e que os gases não convencionais são tratados em capítulo especial.
Além dos parlamentares, participaram da audiência representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Ministério de Minas e Energia (MME), do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Texto: Amanda Mendes – Ascom do MCTI