Janice Trotte-Duhá, do MCTI. Foto: Giba/Ascom do MCTI
Começou nesta segunda-feira (26) o encontro de acompanhamento e avaliação de resultados de projetos de pesquisa apoiados pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Na reunião, em Brasília, a coordenadora para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Janice Trotte-Duhá, destacou a importância da cooperação internacional para a iniciativa.
“Essa cooperação foi imprescindível para que pudéssemos realmente mostrar o que nós, sobretudo os sul-americanos, somos capazes de fazer no ponto de vista da geração de conhecimento”, comentou. A seu ver, a partir da avaliação das pesquisas realizadas no continente antártico, o encontro indicará também o que ainda precisa ser feito. O evento segue até quarta-feira (28), no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Entre as vitórias da ciência brasileira no continente, Janice citou a presença de dois navios operando em tempo integral. “Isso fez com que nós superássemos essa demanda reprimida dos trabalhos na área oceanográfica, hoje considerados prioritários”, disse.
“Temos feito com que a nossa atuação científica tenha representação no continente antártico, que cobre uma área superior a 13 milhões de quilômetros quadrados [km²], e no Oceano Austral – maior ainda, área superior a 35 milhões de km²”, avaliou, acrescentando que essa contribuição nem sempre exige presença física. “Conheço vários pesquisadores que fazem ciência antártica de ponta em seus laboratórios.”
Intercâmbio e divulgação
Para o diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Paulo Sérgio Beirão, o encontro vai permitir tanto a troca de experiências entre os cientistas como o conhecimento da população sobre o que está sendo realizado. “Todos os eventos com pesquisadores para discutir e trocar ideias são muito importantes, tanto para eles como para a sociedade”, afirmou.
Durante os três dias será analisado o desenvolvimento dos projetos apoiados pelo Proantar, por meio de chamadas públicas e de investimentos realizados nos institutos nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) da Criosfera e Antártico de Pesquisas Ambientais.
Participaram da abertura o ministro-chefe da Divisão do Mar, da Antártida e do Espaço do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Fábio Pitaluga; o secretário-adjunto da Comissão Internacional para os Recursos do Mar (Secirm), capitão-de-mar-e-guerra da Marinha Brasileira Marcello Gama; e a analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA) Jaqueline Madruga.
O encontro reunirá também coordenadores de projetos de pesquisa, consultores científicos e representantes das demais instituições participantes do programa, como os ministérios do Turismo (MTur), da Educação (MEC), de Minas e Energia (MME) e da Pesca e Aquicultura (MPA).
Sobre o Proantar
O Programa Antártico Brasileiro busca desenvolver pesquisas conjuntas visando ao conhecimento científico dos fenômenos antárticos. Criado pelo Decreto 86.830, de 12 de janeiro de 1982, o programa é uma parceria entre o MCTI, o MMA, o MRE, o Ministério da Defesa (comandos da Marinha e da Aeronáutica) e o CNPq.
Texto: Amanda Mendes – Ascom do MCTI