O Projeto Cinemas em Rede inicia as exibições experimentais de filmes em salas não comerciais em São Paulo, Recife e Salvador nesta terça-feira (13), a partir das 15h. Seis curtas-metragens indicados pela própria rede, além de um vídeo de divulgação do projeto, serão transmitidos por meio da infraestrutura de internet avançada operada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), com velocidade de 10 gigabits por segundo (Gb/s).
A iniciativa é uma parceria entre os Ministérios da Cultura (MinC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a RNP. As transmissões de amanhã serão nas seguintes instituições: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Saladearte Cinema da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Sala Redenção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), além da Fundação Joaquim Nabuco e da Cinemateca Brasileira. Todas fazem parte do Cipê, o circuito de salas conectadas pela rede Ipê, que além do uso pelo projeto permite o intercâmbio de outros conteúdos.
Segundo dados da Agência Nacional de Cinema (Ancine), o Brasil tem 2.098 salas de cinemas, entre comerciais e públicas. O número não é suficiente para suprir toda a demanda nacional. Há casos de estados, como Acre e Roraima, em que há apenas duas salas de exibições.
O projeto Cinema Perto de Você, da Ancine, é o único que apoia a modernização do sistema e é exclusivamente voltado para as salas comerciais. Com o Cinemas em Rede, as salas públicas passam a contar de forma inédita com soluções e aplicações para o desenvolvimento do processo de digitalização dos filmes. “Nosso objetivo é divulgar produções com conteúdo alternativo e, principalmente, privilegiar a produção nacional”, explica a gerente de Projetos da RNP, Graciela Martins.
Acervo
A parceria com a Cinemateca Brasileira possibilitará que as universidades tenham acesso ao acervo audiovisual brasileiro, um dos maiores da América Latina. A instituição mantém cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e cinejornais, além de documentos em formato de livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes.
“Nosso país possui uma história muito rica, mas, infelizmente, poucos têm acesso a ela. O projeto fortalece e estimula a valorização da memória nacional”, finaliza Graciela.
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Texto: Ascom da RNP