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Novos dados astronômicos mostram lado oculto da Via Láctea
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Visão infravermelha da Via Láctea a partir da Terra. Imagem: Peter Frinchaboy/Texas Christian University, Ricardo Schiavon/Liverpool John Moores University e SDSS-3
31/07/2013 - 19:03
Astrônomos do consórcio Sloan Digital Sky Survey 3 (SDSS-3) lançaram nesta quarta-feira (31) um banco de dados público que contém informações para 60 mil estrelas e ajuda a contar a história de como a Via Láctea se formou. 

Trata-se do Data Release 10, que traz um novo conjunto de espectros estelares de alta resolução (medições da quantidade de luz emitida por uma estrela em cada frequência eletromagnética) na luz infravermelha, invisível aos olhos humanos, mas capaz de penetrar o véu de poeira que obscurece o centro da galáxia.

"Esta é a mais abrangente coleção de espectros estelares no infravermelho jamais produzida", diz o cientista da University of Virginia Steven Majewski, que lidera o Apache Point Observatory Galactic Evolution Experiment (Apogee, subprojeto do SDSS-3 que busca criar um censo abrangente da população estelar da Via Láctea). "Estas 60 mil estrelas foram selecionadas por estarem em partes diferentes de nossa galáxia, desde nossa vizinhança quase despovoada até o centro envolto por poeira. Nossos espectros permitem-nos retirar as cortinas que fazem com que parte da Via Láctea nos seja oculta".

"O espectro estelar contém informações importantes para o conhecimento de uma estrela. Ele indica detalhes fundamentais, como temperatura e tamanho da estrela, e quais elementos estão em sua atmosfera", afirma Jon Holtzman, da New Mexico State University, que liderou a preparação dos dados. "Os espectros são uma das melhores ferramentas de que dispomos para aprender sobre as estrelas. É como ter a foto de uma pessoa em vez de apenas conhecer sua altura e peso."

A participação do Brasil no projeto é coordenada pelo Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), cuja sede fica no Observatório Nacional (ON/MCTI). "O time brasileiro colaborou com a equipe do Apogee com simulações de populações estelares da Via Láctea, que permitiram a escolha das melhores posições do céu para apontar o instrumento, de modo a ter uma boa cobertura da galáxia. Agora, participamos do esforço de interpretação desses dados", conta o pesquisador Luiz Nicolaci da Costa, do Observatório Nacional.

Leia mais.

 

Texto: Ascom do ON

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Cientistas do SDSS-3 no espectroscópio Apogee. Foto: Dan Long/Apache Point Observatory
Cientistas do SDSS-3 no espectroscópio Apogee. Foto: Dan Long/Apache Point Observatory
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