Público vivencia a ciência na prática na ExpoT&C. Foto: Tiago Calazans/Ascom do MCTI
Estudantes e professores de todos os níveis de ensino frequentam
desde a segunda-feira (22) o pavilhão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na ExpoT&C. A mostra ocorre em paralelo à 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que termina hoje, em Recife (PE).
Rochas de várias cores e formatos chamam a atenção dos visitantes que passam pelo estande do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem/MCTI). A estudante de geografia Glaucia Dias, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ouviu esclarecimentos sobre origens, aplicações e características de materiais como cobre, esmeralda e rosa do deserto. “Procuro conhecer as estruturas das pedras por causa de uma disciplina da faculdade”, diz.
O programa AEB Escola, da Agência Espacial Brasileira (AEB), proporciona uma série de cursos educativos para crianças e adolescentes. O estudante Eric Tenório, do 4º ano do ensino básico, participou de uma oficina em que os alunos fazem um carrinho com papelão, tampa de garrafa PET para as rodas e uma bexiga, que, ao esvaziar, impulsiona o veículo. A ideia é explicar o conceito de ação e reação da 3ª Lei de Newton. “Estudei isso em ciências”, conta o garoto.
Quem visita o estande do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) pode levar insetos ou substâncias minúsculas para visualizar em um microscópio eletrônico que amplia a imagem em até 1.600 vezes. Professora da rede pública municipal de Recife, Maryjane dos Santos lamenta que seus alunos não tenham acesso constante ao conhecimento disponível em mostras como a ExpoT&C. “Às vezes, o assunto fica restrito à universidade, e nem eu mesma fico sabendo. Ciência aguça a curiosidade das crianças”.
O estande da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) tem maquetes para simular o funcionamento de uma central de geração de energia atômica. Para o aluno de engenharia da computação Adonias Vicente, da UFPE, as explicações ajudam a desmistificar preconceitos sobre o assunto: “Não sou da área e ouvia dizer que água contaminada era descartada no meio ambiente, mas, pelo que me informaram, existe todo um processo de segurança”.
Estudante do curso técnico de química no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Caline dos Santos encarou a grande fila que se formava na entrada do planetário inflável digital do estande do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTI). “Eu estudava astronomia por hobby antes de iniciar projetos de pesquisa na minha área”, lembra. Dentro da cúpula, visitantes observam projeções de imagens do céu noturno, para entender os movimentos dos planetas e a localização das estrelas.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI