Bolsistas deram seu testemunho e tiraram dúvidas. Foto: Mariana Guerra/Ascom do MCTI
A programação da 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre em Recife, abriu espaço, nesta quarta-feira (24), para a sessão especial Impactos e Relatos de Bolsistas do Ciência sem Fronteiras. O debate reuniu dez estudantes que puderam vivenciar a oportunidade de estudar e estagiar em instituições de ensino em diversas regiões do mundo.
O grupo se apresentou a uma plateia de alunos, alguns já selecionados ou interessados em participar da mesma experiência. Na oportunidade, o público pôde tirar dúvidas e conhecer a trajetória dos bolsistas, bem como as dificuldades e as dicas para o melhor aproveitamento do programa.
O encontro, mediado pela presidenta da SBPC, Helena Nader, teve a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), José Raimundo Coelho, do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, e do presidente da Coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Almeida Guimarães.
Experiência
O jovem Pedro Nehme, estudante de engenharia elétrica da Universidade de Brasília, falou sobre o impacto do programa em sua carreira acadêmica e profissional. Ele chegou a estagiar na agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, e foi vencedor de um concurso internacional que o levará ao espaço em 2015.
Segundo contou, conviver num sistema universitário bem diferenciado ao do Brasil foi uma experiência enriquecedora. “Eles têm uma forma diferente de ensinar, ficam menos tempo em sala de aula e não há uma obrigatoriedade dessa presença. Tem carga menor de provas e mais trabalho”, disse.
“Lá, eu assistia a aulas pela internet, e o fato dos laboratórios ficarem abertos 24 horas facilitava muito o aprendizado”, comentou o estudante, que atualmente faz estágio na AEB e atua no programa de coleta de dados auxiliando o segmento espacial e terrestre com outros alunos de pós-graduação.
“O Ciência sem Fronteiras é um programa que prepara não só para os estudos como também para a vida. Pude ter contato com várias pessoas dentro da Nasa. É um programa sensacional em todos os sentidos”, declarou.
Incentivo
O ministro Raupp aproveitou a oportunidade para dar palavras de estímulo aos participantes. “Vejo que foi pleno o aproveitamento dessa experiência. Ao voltarem ao Brasil vocês terão aberto novos horizontes. Vocês são o futuro e a esperança do país”, afirmou.
Após o relato dos participantes do programa, o aluno Victor Passos, do curso de farmácia da UFPE, mostrou-se interessado em continuar compartilhando informações com o grupo. Ele foi recentemente selecionado para receber a bolsa e estudar numa universidade norte-americana.
“Essa oportunidade do encontro foi muito boa porque pude receber várias dicas e contatos de universidades do exterior, valeu muito a pena”, avaliou. “Nunca pensei que ao entrar na universidade eu ia ter a chance de passar um ano no exterior, estou muito ansioso com essa nova realidade.”
Helena Nader reforçou a necessidade de os beneficiados darem o retorno ao país do investimento feito pelo governo. “É isso que queremos do Ciência sem Fronteiras”, frisou.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI