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Notícia sobre a 65ª Reunião Anual da SBPC Universidade precisa estar a serviço da sociedade, diz ministro
23/07/2013 - 22:28
Durante debate promovido pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), nesta terça-feira (23), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, defendeu a necessidade de a universidade estar cada vez mais sintonizada com as demandas da sociedade.

O encontro fez parte da programação da 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e contou com a participação da presidente da ANPG, Luana Bonone, do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro, e de estudantes. 

Em sua palestra, o titular do MCTI fez um resgate histórico sobre o processo de desenvolvimento tecnológico do país nos últimos 50 anos, tendo as empresas, com a globalização, enfrentado nas últimas décadas o desafio de interagir com o restante do mundo. Nesse cenário de competitividade, explicou ele, tornou-se necessário aproximar o mundo empresarial do acadêmico.

“Hoje os dois sistemas – a indústria e o que gera conhecimento – agem separados. O Brasil tem relativa competência dos dois lados, mas são dois mundos que pouco se falam”, argumentou Raupp.  Ele citou como exceção casos de sucesso de empresas, como a Petrobras e a Embraer, além do setor agropecuário, que promoveram a inovação porque tinham bases tecnológicas desenvolvidas.

O ministro apontou como ação estratégica do governo para atacar o problema o programa Inova Empresa, recentemente lançado, que visa utilizar a capacidade existente de geração de conhecimento e correr os riscos tecnológicos de investir na inovação junto com as empresas. 

Uma das iniciativas nesse sentido, disse ele, foi a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que tem por objetivo promover a cooperação entre os dois setores. “A ideia é estimular a parceria entre os agentes de pesquisa na universidade e as empresas para que juntos eles possam assumir responsabilidades conjuntas para o desenvolvimento de projetos de interesse de ambos”, afirmou.

Formação

“A ciência brasileira se tornou muito acadêmica e para participar do processo de inovação nas empresas precisa formar recursos humanos adequados. Quando critico a universidade é porque ela sempre ficou fechada em si mesmo, temos que ter maior interação com as empresas para o estudante sair de lá mais qualificado”, sustentou. “Temos que repensar o sistema universitário”, sugeriu.

Ao ser questionado sobre a possível ineficácia da separação de políticas públicas para o desenvolvimento econômico e social e sobre o papel da universidade na escolha entre atender as demandas de mercado, as sociais ou as acadêmicas, o ministro falou da importância de a universidade adotar uma postura ampla e atenta aos diversos anseios da sociedade.

“A ciência básica precisa ser feita, só não podemos esquecer a ciência aplicada”, alertou. “Se não tivermos atividade econômica não teremos dinheiro, do pagamento de tributos, por exemplo, para investir no que é preciso. Cabe ao governo ser um intermediário entre os diversos atores da sociedade.”

“O papel da universidade é avançar com o conhecimento e preparar as novas gerações com esse espírito crítico para entender aspectos da vida nacional e as suas necessidades. O compromisso social é saber gerar soluções para a sociedade. Precisamos fazer as duas coisas, uma inspira a outra”, concluiu.


 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

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