Raupp (ao microfone), Helena, Elias e Palis na sessão especial. Foto: Juliana Brainer/Ascom do MCTI
Dirigentes da Academia Brasileira de Ciências (ABC), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) debateram o Fórum Mundial de Ciência, marcado para 25 e 26 de novembro, no Rio de Janeiro. O ministro Marco Antonio Raupp abriu a sessão especial, nesta terça-feira (23), na 65ª Reunião Anual da SBPC, em Recife.
O secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, destacou que o encontro mundial proporciona uma oportunidade de se discutir o papel da ciência para o crescimento do país, além de funcionar como um evento de integração da América Latina. “A ideia é que, pelo fórum, esse debate possa ser percebido, para que a sociedade se aproprie da ciência como um elemento inclusivo, de ética, de educação e que pense os seus problemas sociais”, disse.
Elias relatou conclusões dos encontros preparatórios para o fórum em capitais brasileiras. Desde agosto de 2012, os debates passaram por São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife e Porto Alegre. O ciclo se encerra em Brasília, em agosto. As sete edições tiveram quatro temas transversais em comum: educação em ciência; difusão e acesso ao conhecimento e interesse social; ética na ciência; e desenvolvimento sustentável e inclusivo.
“Nós esperamos chegar, em novembro de 2013, a uma declaração que reflita a realidade brasileira atual, o momento que a ciência vive, a oportunidade que ela tem para corrigir as desigualdades regionais e, por outro lado, uma oportunidade para perceber a cooperação intrarregional como um elemento inclusivo e decisivo para a América Latina”, adiantou o secretário executivo.
No centro
Para o presidente da ABC, Jacob Palis, o fórum coloca o país no centro da pesquisa científica e contribui para a redução da desigualdade. “Organizar uma reunião dessa grandeza, pela primeira vez fora da Europa, é muito significante”, apontou sobre o evento realizado tradicionalmente na Hungria. “Vamos definir caminhos para o futuro, em particular para o Brasil, e dentre eles certamente estará uma cooperação muito mais forte com outros países.”
Na opinião da presidenta da SBPC, Helena Nader, esse “estilo diferente de organização de congresso”, com encontros preparatórios em “diferentes rincões”, reverberou pelo país a importância do fórum. “Para nós do Brasil, além de o evento acontecer no Rio de Janeiro, o grande impacto foi tornar o fórum conhecido por toda a comunidade científica nacional”, completou.
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Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI