Secretário Oswaldo Duarte Filho anuncia novas ações para CVTs. Foto: Tiago Calazans - Ascom do MCTI
Criar mais unidades e dar uma nova orientação aos centros vocacionais tecnológicos (CVTs). Essa é a expectativa da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secis/MCTI), que prepara uma série de ações para alavancar o projeto a partir deste ano.
Dois editais, com lançamento previsto até o fim do semestre, somam R$ 50 milhões para a modernização e a implementação de unidades.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (23) pelo secretário da Secis, Oswaldo Duarte Filho, durante palestra em um evento promovido pelo Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), dentro da programação da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até sexta-feira (26), em Recife.
Oswaldo informou que R$ 20 milhões serão destinados à implantação e modernização de CVTs, em edital a ser lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Os outros R$ 30 milhões serão direcionados à criação de centros na área de agroecologia, iniciativa que envolve outros parceiros de governo – os ministérios da Educação (MEC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Pesca e Aquicultura (MPA) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Os CVTs são ambientes tecnológicos voltados a desenvolvimento, promoção e oferta de serviços e produtos, tendo como foco o fortalecimento dos sistemas produtivos locais por meio da extensão tecnológica, do desenvolvimento de tecnologias sociais e da realização de atividades de educação profissional de base tecnológica.
Modernização
Na reunião, da qual participaram representantes de 17 secretarias estaduais, o secretário do MCTI apresentou a publicação produzida pela pasta, que resgata a trajetória dos dez anos dos CVTs. Atualmente, 255 estão em funcionamento em todo o país.
Ele também adiantou as novas iniciativas em fase de execução, entre elas, a implantação de três CVTs móveis em Goiás, uma unidade na área de segurança alimentar e nutricional na Paraíba, uma de agroecologia em Coari (AM) e outra no município de Aldeias Altas (MA). A Secis também articula a implantação de redes de CVTs para o desenvolvimento nas temáticas: Semiárido, economia criativa, móveis e bioma Amazônia.
Está ainda nos planos da secretaria promover iniciativas mais específicas, como a implementação de centros em conjuntos habitacionais do programa federal Minha Casa, Minha Vida, e uma unidade voltada ao segmento envolvido com a realização do Carnaval.
Parcerias
Em sua palestra, Oswaldo Duarte Filho falou da importância do envolvimento de diversos parceiros no projeto, que, segundo ele, precisa contar com a participação dos municípios, dos governos federal e estadual, de organizações sociais, do setor empresarial e, especialmente, das instituições de ensino e pesquisa.
“Queremos desenvolver um sistema de gestão coletiva e não apenas por demanda como antes acontecia”, explicou. “Para isso precisamos de parcerias nos estados, onde tem essa cooperação funciona melhor”, disse o secretário, citando o caso do governo do estado de Minas Gerais, que abraçou o projeto e tem hoje a maior rede do país, com 84 unidades – a Universidade Aberta Integrada de Minas Gerais (Uaitec).
De acordo ele, a ideia é fortalecer os CVTs, garantir a manutenção das unidades e evitar que interesses políticos e dificuldades internas de cada instituição interfiram no sucesso e na continuidade da iniciativa.
“A prefeitura pode oferecer a infraestrutura necessária, como água e energia. Já o estado pode ajudar atuando como um gestor, e o governo federal, o MCTI, financiar, por exemplo, equipamentos e bolsas para estudantes e pesquisadores trabalharem nos CVTs”,sugeriu. “Precisamos usar o conhecimento gerado nas instituições de pesquisa e a tecnologia para gerar renda e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, concluiu.
Acompanhe a participação do ministério na reunião anual da SBPC.
Acesse o site do o evento.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI