A edição 2013 do Seminário de Iniciação Científica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) foi marcada por apresentações de jovens pesquisadores com estudos sobre botânica, zoologia, comunicação e extensão, ciências da terra e ecologia e ciências humanas, áreas científicas de tradicional estudo por parte da instituição.

Alguns trabalhos foram bastante elogiados por sua abordagem de temas relevantes. O coordenador do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Museu Goeldi, Ricardo Secco, destacou que a cada ano o processo de seleção dos bolsistas fica cada vez mais rigoroso e essa seleção se reflete diretamente nos resultados apresentados ao público.

Entre as pesquisas premiadas estão experimentos de novas tecnologias de conectividade sem fio e de baixo custo para a Estação Científica Ferreira Penna; melhorias educacionais para comunidades ribeirinhas da região da Floresta Nacional de Caxiuanã; análise ambiental das condições acústicas do Parque Zoobotânico; estudos sobre ferrugem; e estudos sobre os chás de ervas medicinais vendidos como antidiabéticos. O esforço e o empenho de cada participante e seus orientadores foram reconhecidos pelas comissões examinadora e julgadora, que elencaram três bolsistas de cada uma das áreas de conhecimento científico com trabalhos apresentados no evento.

Botânica e Zoologia – Na botânica, os trabalhos premiados foram o estudo dos fungos da ferrugem e seus impactos em plantações da região metropolitana de Belém; a sistematização da Coleção Etnobotânica do Museu Goeldi; e a caracterização da planta Sporobolus virginicus, comum em restingas e brejos de águas salgadas a beira-mar. Três estudos foram destaque em zoologia. Têm como tema comportamento de louva-a-deus da ordem Mantodea; vespas da família Ichneumonidae; e a variação morfológica externa de répteis da espécie Erythrolamprus cobella.

Ciências da Terra e Ciências Humanas – Destacaram-se estudos sobre as atividades antioxidantes em chás de ervas medicinais vendidas como antidiabéticas no Mercado do Ver-O-Peso; a classificação e a indexação no acervo de línguas indígenas do Museu Goeldi; e o processo de criação e estabelecimento de um Museu na Ilha de Marajó.

Comunicação e Extensão – Os trabalhos de Thamys da Conceição Coelho, “Análise de nível de ruído e qualidade ambiental da paisagem sonora de quatro parques públicos de Belém”, e de Felipe Melo da Costa, “Análise quantitativa e qualitativa das condições acústicas dos ambientes expositivos e educativos do Parque Zoobotânico do Museu Goeldi”, seguiram a mesma linha de pesquisa, porém com foco em locais diferentes. O terceiro trabalho premiado foi a pesquisa realizada pela estudante do curso de bacharelado em museologia Emilly Cristine Barbosa dos Santos, intitulada “Memória, percepção e sociabilidade em um museu de Belém: estudo da percepção e interação do público familiar visitantes do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi”.

Tecnologia e Informação – Estudos para o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade sem fio e de baixo custo são um desafio para qualquer construção erguida em lugares longínquos. Jorge Rosivan Rodrigues Batista, autor do melhor trabalho do Serviço de Tecnologia da Informação, apresentou proposta sobre equipamentos de baixo custo e de qualidade, que podem ser usados na Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã.

Também foi premiado Hardy José Santos de Miranda, com seu “Estudo de técnicas avançadas de renderização tridimensional aplicadas a modelagem de espécies da fauna e flora”, que apresenta a combinação de vários conceitos de computação gráfica visando à criação de um ambiente virtual no Portal do Museu Goeldi.

Saiba mais sobre os trabalhos vencedores.

 

Texto: Ricardo de Sousa – Agência Museu Goeldi