A nova edição do Destaque Amazônia, informativo bimestral do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI), traz matérias sobre o reaparecimento do pau-cravo na Amazônia.
Em 2002, durante a elaboração do primeiro Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para a construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, uma equipe de botânicos da instituição encontrou um exemplar de pau-cravo (Dicypellium caryophyllaceum), árvore nativa da floresta amazônica, da qual da casca e da inflorescência se retiram a canela e o cravo, respectivamente.
Considerada uma droga do sertão, o pau-cravo foi explorado quase à exaustão quando o Brasil era uma colônia de Portugal. Nos últimos cinco anos, foram encontradas 250 árvores na comunidade de São Francisco de Aruã, em Juruti.
A publicação apresenta ainda duas pesquisas de iniciação científica, orientadas pela pesquisadora do MPEG Cristina Senna e desenvolvidas no município de Quatipuru (PA). O estudo “O turismo como promotor da conservação ambiental nos ecossistemas da planície costeira do município de Quatipuru”, no Pará, desenvolvido pela bolsista Stephanie Holanda, trabalha a desmistificação do turismo como uma atividade conhecida como prejudicial ao patrimônio natural, histórico, arquitetônico e até mesmo imaterial da cidade.
O estudante de geografia Adalberto Silva, bolsista do Pibic, analisou os ecossistemas de duas comunidades: Borges e Taperinha, onde os moradores imprimem suas presenças nos ecossistemas por meio principalmente do trabalho – a exemplo da criação de gado bubalino.
Neste ano, as reflexões do trabalho “Populações tradicionais haliêuticas – impactos antrópicos, uso e gestão da biodiversidade em comunidades ribeirinhas e costeiras da Amazônia”, desenvolvido pelo projeto “recursos naturais e antropologia das sociedades marinhas, ribeirinhas e estuarinas da Amazônia”, originaram o livro organizado por Lourdes Furtado, Isolda Maciel da Silveira e Graça Santana.
Intitulada “Extrativista Marinha Mãe Grande- Curuçá, Pará, Brasil: estudo etnoecológico e sociocultural”, a obra permite definir o que é uma reserva extrativista marinha em área do litoral paraense, o que garante a conservação e preservação de áreas expostas a impactos humanos.
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Texto: Agência Museu Goeldi