Um propulsor monopropelente a hidrazina de 200 newtons (N) de empuxo foi testado com sucesso pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI). De forma inovadora, foi usado um novo catalisador de decomposição da hidrazina, o carbeto de tungstênio (W2C), muito mais barato do que o catalisador comercial feito de uma alumina especial que serve de suporte ao irídio (Ir).
O irídio é um elemento raro e caro, o que inviabiliza seu emprego em grandes quantidades em propulsores de maior empuxo e tempo curto de acionamento. Os testes foram realizados em maio no Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP), no Inpe de Cachoeira Paulista (SP).
O propulsor de 200N faz parte de um projeto do Grupo de Propulsão do Inpe, cuja etapa inicial avaliou com sucesso um propulsor de 35 N e que busca o desenvolvimento de motores monopropelentes e bipropelentes com empuxo de até 800 N. Motores bipropelentes nesta faixa de empuxo são utilizados em blocos de aceleração de apogeu de satélites geoestacionários. Motores monopropelentes são largamente utilizados em controle de rolamento de veículos lançadores ou em manobras orbitais com requisitos de incrementos de velocidade inferiores a 200 metros por segundo m/s.
O desenvolvimento desta tecnologia, de caráter multidisciplinar, envolve especialistas de diferentes áreas, como propulsão, química e catálise, além de diversos setores do Inpe. Leia mais.
Texto: Ascom do Inpe