A Mogai, empresa de softwares para planejamento de logística, acaba de se qualificar na primeira etapa do desafio Darpa Robotics Challenge (DRC). Coordenada pelo professor Alberto Ferreira de Souza, a equipe chamada Br Robotics Team é a única representante brasileira nessa competição mundial, que vai construir robôs e premiar as equipes que obtiverem melhor desempenho na realização das tarefas a serem executadas por eles.
Recentemente, a Mogai recebeu subvenção econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) de R$ 1,8 milhão para navegação robótica de um carro sem motorista, que é o veículo de maior autonomia e com melhores resultados do Brasil, próximo dos melhores do mundo, como Audi e Volkswagen.
Ambas as ideias, do carro e da participação no DRC, vieram do professor Alberto Ferreira de Souza, do Departamento de Informática da Universidade Federal do Espírito Santos (Ufes). “Conheço a Darpa há muito tempo. Ela é o braço de pesquisa do setor de defesa americano, financiou o que viria a ser a internet. É a Finep da defesa americana”, comenta. A partir de desafios da Darpa de 2004, 2005 e 2007, relacionados à criação de um veículo não tripulado, o professor fez parceria entre a Mogai e a Ufes e confeccionou o carro autônomo financiado pela Finep.
Em 2012, foi lançado mais um desafio da Darpa, e Alberto Ferreira de Souza decidiu participar. “Eu chamei colegas, contatei a Mogai. Eles toparam e nós montamos o Br Robotics Team para participar do desafio de robótica humanoide”, explica o professor. O desafio se constitui de quatro etapas. Nas duas primeiras, as equipes monitoram um robô virtual entregue pela Darpa, como em um videogame. As esquipes que ficarem entre os seis primeiros colocados na segunda etapa ganharão US$ 750 mil e um robô real para participar das próximas. Na terceira e na quarta, esse robô real cedido pela Darpa executará mais tarefas.
O robô humanoide deverá realizar atividades humanas, como dirigir um carro comum por uma estrada, subir escadas e passar por ambiente com escombros. Leia mais.
Texto: Ascom da Finep