Neste sábado (8), o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) distribuirá cerca de 50 mil raquetes de palma resistente à praga cochonilha-do-carmim, no município de Bonito de Santa Fé (PB). Esta é a primeira distribuição realizada pelo Insa de palma resistente ao inseto, retirada dos campos de pesquisa instalados na Paraíba.
O projeto do instituto prevê a instalação de campos de pesquisa em 26 municípios paraibanos para revitalizar e ampliar a exploração da cultura da palma forrageira no Semiárido brasileiro. A distribuição ocorrerá durante a realização de um “dia de campo”, oportunidade na qual cerca de 100 agricultores já cadastrados receberão orientações técnicas sobre como propagar de forma correta as raquetes ganhas.
O evento em Bonito de Santa Fé acontecerá pela manhã, no sítio Bartolomeu, zona rural daquele município. “O produtor precisa receber as raquetes com as informações técnicas de como plantar e manter o cultivo”, explica a pesquisadora do Insa Jucilene Araújo.
Por meio da alimentação continuada, aliada ao aumento da infestação, a cochonilha-do-carmim ameaça seriamente a cultura da palma forrageira por deixar a planta debilitada, provocando amarelecimento, seca e morte em curto espaço de tempo. Segundo dados do Ministério da Agricultura e da Defesa Vegetal Estadual, já foram detectadas populações economicamente danosas do inseto em mais de 80 municípios da Paraíba.
Projeto
Em razão da diminuição dos campos de palma e dos danos econômicos e sociais que a ação da praga provoca, o Insa investe R$ 500 mil em um projeto de pesquisa que não apenas ampliará o cultivo de plantas resistentes, mas encontrará respostas agronômicas sobre o manejo adequado dessas variedades, como época de plantio, espaçamento, adubação, melhoramento genético, aproveitamento industrial, adaptação a diferentes regiões do Semiárido, entre outros aspectos.
A palma forrageira exerce uma importante alternativa econômica e social para o Semiárido por se apresentar como a principal fonte de alimento para os rebanhos bovinos, caprinos e ovinos da região, sobretudo nos longos períodos de estiagem.
Texto: Ascom do Insa