O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Alvaro Prata, recebeu nesta quarta-feira (29), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a visita de uma delegação da República da Indonésia.
Os representantes do país asiático vieram conhecer as principais políticas de estímulo à inovação em vigência no país, a exemplo da recém-criada Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Segundo o coordenador do Conselho Nacional de Inovação da Indonésia, Bambang Kesowo, seu país, acostumado a explorar seus recursos naturais, busca meios de “inovar de forma sustentável em vez de apenas explorar suas riquezas”. Para isso, disse, estuda implementar no país experiências semelhantes à Embrapii brasileira.
Prata apresentou um panorama da estrutura da organização social, que tem como missão fomentar o processo de cooperação entre empresas e instituições científicas e tecnológicas sem fins lucrativos, voltadas à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).
A Embrapii é uma iniciativa do governo federal, por meio do MCTI e do Ministério da Educação (MEC), com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Faz parte do conjunto de medidas do Plano Inova Empresa, lançado em março. “A missão da Embrapii é fazer a indústria e a universidade trabalharem juntas”, explicou o secretário.
Na avaliação dele, promover a aproximação entre o conhecimento acadêmico e o setor produtivo é uma questão que não se aplica somente ao Brasil, mas a países em diversas partes do mundo. A forma como o governo brasileiro tem conduzido as políticas para vencer obstáculos, em especial, no campo da educação, tem atraído o interesse de várias nações.
De acordo com Prata, temas recentes como a Embrapii e o programa Ciência sem Fronteiras têm despertado a atenção de vários países, como Rússia, Inglaterra, Finlândia e a Suécia, além da Indonésia. “Trocar experiências e dividir o sucesso alcançado até o momento são relações que nos estimulam e enriquecem muito”.
O secretário aponta possibilidades de compartilhar iniciativas com a Indonésia no campo da biodiversidade e da saúde, uma vez que o país asiático possui desafios a serem enfrentados nessas áreas e características semelhantes às do Brasil. “Trata-se de um país populoso, desigual e com uma biodiversidade muito rica e que precisa se apoiar mais em valores tecnológicos. Inovação também é a palavra-chave para eles”.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI