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Secretário aponta possibilidade de matriz 80 por cento renovável
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O secretário Carlos Nobre faz apresentação no encontro. Foto: Giba/ Ascom do MCTI
15/05/2013 - 19:32
O Ministério de Minas e Energia (MME) iniciou nesta quarta-feira (15) uma série de debates para elaborar o Plano Nacional de Energia 2050, que deve traçar os rumos da matriz energética brasileira para as próximas décadas. O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, participou do primeiro encontro, sobre possíveis impactos das mudanças climáticas no setor e cenários de médio e longo prazo para economia nacional. 

Para Nobre, o país pode aumentar consideravelmente a participação de fontes renováveis em sua matriz. “Sou otimista que nós podemos, em 2050, imaginar um Brasil com 80% de energia renovável”, projetou. O índice atual é de 45,3%.

O secretário ressaltou o trabalho da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), criada pelo MCTI em 2007. “Duas sub-redes em especial são relevantes para esse esforço – uma delas trata de energias renováveis e outra sobre economia”, explicou Nobre. “A de economia desenvolveu um modelo para prever como mudanças climáticas afetam agricultura e energia e a outra tem vários estudos de impactos na matriz.”

Membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), o secretário do MCTI apresentou cenários previstos pelo último e pelo próximo relatório da entidade da Organização das Nações Unidas (ONU). “Um documento especial publicado em 2011 concluía que era tecnologicamente factível imaginar em 2050 um mundo com 80% de energia renovável, mas, se olharmos o quadro atual, não há muita razão para acreditar que o planeta alcance esse patamar, em função das novas descobertas e das novas tecnologias para explorar as energias fósseis”, comentou.

Protagonismo

Nobre recordou a posição do Brasil como único país em desenvolvimento a estabelecer compromissos voluntários de redução e estabilização das emissões de gases de efeito estufa, no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. “Isso foi um gesto politicamente significativo do ex-presidente Lula na reunião climática de Copenhague, em 2009”, disse. “A presidenta Dilma Rousseff claramente nos deu uma direção de que o Brasil tem que ser protagonista da sustentabilidade no mundo.”

Na opinião do secretário, o PNE 2050 pode se inspirar em projeto de intercâmbio de modalidades de energia do norte europeu. “O sistema tenta resolver o problema da intermitência das fontes renováveis, ao interligar geração eólica do Mar do Norte, instalações offshore continental e da Grã-Bretanha, já prevendo o grande potencial das energias da maré e das ondas, e o sistema hidráulico da Noruega”, disse Nobre. “Não é impossível imaginar soluções em que nós possamos realmente explorar ao máximo o nosso potencial de energia renovável.”

Os debates sobre o PNE também tiveram palestras do diretor de Macroeconomia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marco Antônio Cavalcanti, e do assessor da presidência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) David Kupfer. Representaram o MME o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura, e o coordenador-geral de Economia da Energia, Gilberto Hollauer.

 

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

Outras Imagens
O debate para o Plano Nacional de Energia 2050. Foto: Giba/ Ascom do MCTI
O debate para o Plano Nacional de Energia 2050. Foto: Giba/ Ascom do MCTI
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