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Oficina define ações para aumentar percepção de risco de desastres
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O secretário Carlos Nobra na reunião, no Conselho Federal de Psicologia. Foto: Giba/Ascom do MCTI
06/05/2013 - 19:41
Governo, associações de classe e movimentos sociais abriram nesta segunda-feira (6), no Conselho Federal de Psicologia, uma oficina para delinear iniciativas de apoio ao projeto Pluviômetros nas Comunidades, do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Para o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, o projeto agrega aos pluviômetros – ferramentas de medir chuva – a dimensão de estruturar um aumento na percepção popular sobre os riscos de ocorrência de desastres naturais. Quando entrar em prática, a iniciativa deve envolver vertentes psicológicas, educacionais e sociais.

Associações não governamentais e defesas civis de Santa Catarina ao Piauí participam dos grupos de trabalho ao lado de pastas do governo federal. “O diferencial dessa oficina é a presença de movimentos sociais diretamente afetados pelos desastres naturais, que se organizaram e atuam nas duas pontas, cobrando soluções e também mobilizando suas comunidades para responder aos eventos extremos de maneira preventiva”, disse Nobre.

O secretário ressaltou a futura vertente educacional do sistema como “ponta de lança” para alcançar o objetivo de ampliar a percepção de risco. “Grandes mudanças paradigmáticas costumam acontecer com os jovens, porque as pessoas de cabeça formada são mais resistentes a modificações”, argumentou Nobre. “Esse projeto, portanto, tem que penetrar na escola brasileira.”

Inspiração

O Cemaden adquiriu 1.100 pluviômetros semiautomáticos em dezembro de 2012. Os cinco primeiros aparelhos foram entregues ao município de Petrópolis (RJ) no mês passado. Instalados em áreas de risco, os equipamentos serão operados por grupos treinados por técnicos da unidade do MCTI e da Defesa Civil. Antes da atual tecnologia, na década de 1990, a população da cidade da região serrana fluminense estabeleceu um sistema de alerta com pluviômetros feitos de garrafa PET, que marcavam o volume da chuva com adesivos.

Segundo Nobre, o projeto Pluviômetros nas Comunidades massifica, nacionaliza e moderniza o experimento criado em Petrópolis. “A lógica é a mesma, mas o equipamento do Cemaden dura 15 anos, no mínimo, e tem um visor que fica protegido dentro de um local coberto, poupando [o operador] de sair na chuva durante um momento crítico para medir o nível da precipitação.”

“Esse projeto começa com 1.100 pluviômetros, mas estamos em uma fase de teste”, adiantou o secretário. “Se a iniciativa for bem sucedida e atingir seus objetivos, certamente pode ser escalada para um patamar muito maior. Poderíamos ter, talvez, um pluviômetro para cada área de risco do Brasil.”

Também participam da oficina, que segue até esta terça-feira (7), o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad/MI), Rafael Schadeck, e representantes dos ministérios da Integração Nacional (MI), da Educação (MEC) e do Meio Ambiente (MMA), do Conselho Federal de Psicologia, da Defesa Civil nacional e dos municípios de Petrópolis (RJ), Teresópolis (RJ), Camboriú (SC) e Ilhota (SC), além de diversas associações, como o Movimento Nacional dos Afetados por Desastres Socioambientais.

 

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

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