Dados obtidos durante março e abril pelo Deter, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real baseado em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), mostram que as áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia somaram aproximadamente 175 quilômetros quadrados no período.
Os resultados do Deter devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por satélites. Entre novembro e abril, época de chuvas na Amazônia, a observação por satélites se torna mais difícil em função da intensidade de nuvens que cobrem a região.
Nessa época, o Inpe divulga os resultados do Deter agrupados por período, embora o sistema mantenha durante todo o tempo sua operação regular e o envio dos dados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/MMA) e ao Ministério do Meio Ambiente, responsáveis pela fiscalização e pelo controle do desmatamento.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema.
Dois sistemas
O Deter é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita. Para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na região, o Inpe usa o Prodes, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial, capazes de mostrar também os pequenos desmates.
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Texto: Ascom do Inpe