Estudos em antropologia da pesca levaram pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI) a conhecer o universo das tradições culturais da vida à beira do rio, a partir de narrativas de moradores de diversas comunidades amazônicas. O Projeto Recursos Naturais e Antropologia das Sociedades Marítimas, Ribeirinhas e Estuarinas (Renas) é tema do Destaque Amazônia, jornal bimestral da unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A pesquisa começou em 1960, quando a pesquisadora titular do museu Lourdes Gonçalves Furtado, doutora em ciência social (antropologia social), acelerou o processo de captação de recursos para a iniciativa. Hoje, garante formação e conhecimento a estudantes que escolheram o Renas como tema de trabalhos de mestrado e doutorado.
A Ilha de Saracá, no município de Limoeiro do Ajuru, distante aproximadamente 200 quilômetros de Belém, foi tema do trabalho do estudante de ciências sociais da Universidade Federal do Pará (Ufpa) Genisson Chaves, que associou a pesca e o açaí no dia a dia da comunidade. O bolsista estudou a pesca e o extrativismo do açaí como principais atividades e fonte de renda dos moradores locais.
Em Saracá, homens adultos são os maiores responsáveis pela coleta do açaí e as mulheres, junto com meninos e meninas, coletam o fruto para consumo familiar e comercialização. Já na pesca, os dois gêneros também participam, mas há um predomínio da presença masculina. A combinação forma a chamada economia mista, da qual a comunidade vive.
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Texto: Silvia de Souza Leão – Agência Museu Goeldi