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Rede busca inovar com venenos de animais do Centro-Oeste
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Equipe da Universidade de Brasília. Foto: Giba/MCTI
30/04/2013 - 16:06
Animais peçonhentos podem expelir substâncias fundamentais no tratamento de dores, infecções e doenças neurológicas. A rede Inovação com Peçonhas de Animais da Biodiversidade da Região Centro-Oeste (Inovatoxin) concentra esforços de quatro universidades para produzir conhecimento científico e tecnológico e formar recursos humanos a partir de pesquisas com aranhas, escorpiões, marimbondos, vespas e serpentes que vivem nos ecossistemas locais.

Integrante da Rede Centro-Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (Pró-Centro-Oeste), a Inovatoxin iniciou suas atividades em 2011 e, desde então, depositou duas patentes, publicou 16 artigos científicos, criou um laboratório, aperfeiçoou soros contra picada de cobra e identificou 40 peptídeos (moléculas formadas por ligações de aminoácidos), com propriedades antimicrobianas, analgésicas, antiepilépticas e neuroprotetoras.

A rede tem à disposição quase R$ 3 milhões, oriundos de edital lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) em 2010. As fundações de amparo à pesquisa do Distrito Federal e dos três estados da região (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás) contribuem no montante. Os projetos da Pró-Centro-Oeste têm duração de três anos e terminam ao final de 2013.

Subprojetos

Dividida em seis subprojetos, a Inovatoxin envolve laboratórios da Universidade de Brasília (UnB) e das federais de Goiás (UFG), Mato Grosso do Sul (UFMS) e Mato Grosso (UFMT). “Estamos realmente confiantes em chegar aos resultados esperados para essa primeira etapa”, diz a coordenadora da rede, Elisabeth Schwartz, professora do Instituto de Ciências Biológicas da UnB.

A vice-coordenadora da rede, Márcia Mortari, também da UnB, ressalta os benefícios de trabalhar com pesquisadores de estados diferentes. “A gente acredita muito no projeto. O funcionamento em rede gera resultados mais rápidos e possibilita aproveitar o talento de cada pesquisador”.

Legado

Entre estudantes formados e em curso passaram pela Inovatoxin 12 bolsistas de pós-doutorado, 13 de doutorado, 22 de mestrado e 28 de iniciação científica (graduação). “Temos muitos alunos envolvidos, porque senão o projeto não avança”, aponta Elisabeth. “O intercâmbio de recursos humanos tem sido bastante apoiado pela rede, assim como o de material biológico”.

Para intensificar o compartilhamento de resultados e experiências, pesquisadores, alunos e convidados participaram de dois encontros na UnB – sede de três dos seis subprojetos –, em novembro de 2011 e abril de 2013.

Perspectivas futuras

As quatro universidades da rede têm perspectivas de melhorar suas infraestruturas de pesquisa. No caso da UFMS, o aporte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do CNPq, serviu para criar um laboratório de farmacologia e inflamação, que se inseriu no recém-criado programa de pós-graduação em Farmácia da instituição. “Como os projetos são tocados por alunos, esse vínculo é importante”, explica Márcia.

Na UnB, a Inovatoxin planeja investir os recursos para adquirir uma estação de trabalho automatizada. “Esses equipamentos vão aumentar muito a nossa capacidade de bioprospecção”, prevê Elisabeth. “Parte do que fazemos hoje manualmente passará a ser feito de maneira robotizada, em menos tempo, com maior precisão e com menor quantidade de material biológico. Assim, evitamos a retirada desses animais do campo. É o uso sustentável dos recursos naturais”.

Segundo a vice-coordenadora, fortalecimento da infraestrutura traduz o objetivo principal da Inovatoxin. “Quando a gente estava montando a rede, queríamos um diferencial em inovação no que se trata de bioprospecção com venenos animais”, ressalta Márcia. “E esse diferencial é exatamente o uso de técnicas de alto desempenho e ferramentas de bioinformática mais modernas”.

 

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI

 

 

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