As discussões em torno do tema “oceanos e desenvolvimento” continuaram na tarde desta terça-feira durante o
5º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência. A pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) Elisa Helena Leão, fez uma apresentação sobre os portos brasileiros, os avanços conquistados e os desafios para o futuro.
Segundo ela, o setor portuário movimenta anualmente cerca de 700 milhões de toneladas das mais diversas mercadorias e responde por mais de 90% das exportações do país. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi um dos avanços apontados pela professora, pelos investimentos aplicados em dragagem, infraestrutura, logística, serviços de sinalização e balizamento, monitoramento ambiental e manutenção das condições de navegação e segurança, entre outros.
Como gargalos, Elisa apontou questões de gerenciamento que tornam a administração lenta, a burocracia e quadros funcionais insuficientes. “A gestão ambiental portuária não deve ser desprezada. Nela, um conjunto de programas e práticas administrativas e operacionais é voltado à proteção do meio ambiente, à saúde e à segurança de trabalhadores, usuários e comunidade”, complementou.
Biologia marinha
A coordenadora de Ciências Biológicas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e vice-diretora do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Valéria Teixeira, apresentou o trabalho que reuniu pesquisadores envolvidos com biotecnologia e resultou na constituição da Rede Nacional em Biotecnologia de Macroalgas Marinhas (Redealgas).
Valéria participou do mapeamento inicial das competências multidisciplinares de diferentes áreas de pesquisa científica e tecnológica em macroalgas marinhas e iniciou os trabalhos de pesquisa com outros cientistas.
Hoje, a rede constitui um importante fórum para a discussão de programas de pesquisas e linhas de ações para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação sobre a biodiversidade marinha do litoral brasileiro.
Em sua palestra, a professora destacou o trabalho de mapeamento de algas marinhas e os avanços conquistados nessa área, dentre eles, medicamentos com propriedades antivirais usados no combate ao HIV.
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Texto: Marcos da Silva - Ascom do FMC 2013.