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Missão cubana conhece sistema do MCTI e discute novas parcerias
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A reunião Brasil-Cuba no MCTI. Foto: Giba/Ascom do MCTI
11/04/2013 - 21:11
Uma comitiva chefiada pelo vice-presidente de Cuba, Marino Murillo, esteve nesta quinta-feira (11) no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para conhecer as características do sistema ligado à pasta. O encontro também serviu para identificar potenciais interesses de cooperação.

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, propôs parcerias em áreas em que os países compartilham necessidades, como diversificação da matriz energética, prevenção a desastres naturais e estudos sobre mudanças climáticas. “Cuba é uma nação muito próxima sentimental e culturalmente ao Brasil”, completou.

Após as apresentações, o vice-presidente cubano reforçou a vontade de estabelecer trabalhos conjuntos. “Vemos com mais clareza todo o potencial científico do Brasil”, reconheceu. “Estou convencido de que seria muito interessante ter uma agenda bem precisa, com prioridades de cooperação.”

O coordenador de Desenvolvimento de Tecnologias Setoriais do MCTI, Eduardo Soriano, comparou o conjunto de fontes energéticas dos dois países. “Cuba tem bastante combustível fóssil e a hidroeletricidade predomina no Brasil”, disse. “Essa grande concentração pode afetar a segurança energética e uma solução seria diversificar nossas matrizes energéticas. A ideia seria cooperarmos em energias renováveis.”

Soriano mencionou o conhecimento cubano a respeito de cana-de-açúcar e seus produtos derivados, como a biomassa. “Existe matéria-prima há cerca de 500 anos nos dois países”, lembrou. “Essa é uma área em que podemos interagir bastante e fazer uma cooperação em que os dois lados ganham.”

Fontes alternativas

O analista de infraestrutura Lívio Teixeira, do Ministério de Minas e Energia (MME), relatou a experiência da pasta com o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), criado em 2002 para aumentar a participação das fontes alternativas na matriz elétrica nacional.

Para Nobre, o programa quebrou paradigmas ao incentivar o uso de fontes eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa. “Antes do Proinfa, muitos brasileiros não acreditavam que seria possível introduzir essas práticas na nossa matriz energética, mas agora temos provas contundentes da viabilidade, embora ainda precisemos aumentar essas participações”, afirmou.

O secretário do MCTI apontou como próxima fronteira da energia renovável no Brasil o aproveitamento do sol, abundante na ilha do Caribe, onde a tecnologia fotovoltaica também deve se tornar prioridade. “Nós certamente estamos trabalhando em torno disso, de uma política para a transformação radical da matriz energética cubana”, destacou o vice-presidente Murillo.

Organização

A assessora especial da Secretaria Executiva do MCTI Léa Contier apresentou aos cubanos a estrutura do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, no qual a pasta une esforços com diversos órgãos do governo federal e as esferas estadual e municipal de poder. “O sistema tem que ser todo articulado, para identificação das necessidades de empresas, academia e sociedade, o que permite o planejamento e a execução da política.”

O subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do MCTI, Arquimedes Ciloni, enumerou os 14 institutos e as cinco organizações sociais vinculados à pasta. Carlos Nobre acrescentou que a colaboração com Cuba poderia incluir o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e o Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), em processo de criação.

Fundado em 2011, o Cemaden poderia ampliar sua frente de atuação ao compartilhar conhecimento com a ilha. “Nós não temos furacões por aqui, mas há muitos desastres naturais na nossa história recente por chuvas torrenciais”, explicou Nobre. Como climatologista, ele informou que, embora não se possa projetar sobre a frequência de ciclones tropicais, acredita-se que eles ganhem intensidade com as mudanças climáticas. “Então, Cuba tem que se preocupar, como o Brasil”, alertou.

A secretária de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI, Sônia da Costa, relatou aos cubanos o modelo dos centros vocacionais tecnológicos (CVTs), voltados a atividades de extensão tecnológica, pesquisa aplicada, empreendedorismo e formação profissional. Ela citou, ainda, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Também receberam a comitiva cubana no ministério o embaixador do Brasil em Cuba, José Martins Felício, a chefe interina da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, Bárbara Sant’Anna, o coordenador-geral de Cooperação Internacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Marcio Ramos de Oliveira, e o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME, Jorge Jobim.

 

Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI (atualizado em 11/04/2013)
 

Outras Imagens
O vice-presidente cubano, Marino Murillo. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O vice-presidente cubano, Marino Murillo. Foto: Giba/Ascom do MCTI
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